É isto que vai acontecer com o seu guarda-pó se você acidentalmente pingar ácido sulfúrico concentrado no tecido.
Os furos apareceram logo nos primeiros 10 minutos de contato, e a ação do ácido continuou enquanto o ácido umedecia o tecido. Aos poucos esta coloração amarelada vai tornando-se preta devido à reações do ácido com a celulose do algodão, em uma reação muito semelhante à que ocorre quando colocamos ácido sulfúrico concentrado em açúcar.
Se o ácido for mais diluído os furos só serão percebidos após algum tempo, normalmente após uma lavagem do tecido, que ocorre pela fragilização do local que ficou em contato com o ácido.
Se ocorrer algum acidente com ácido, mesmo que diluído, as roupas devem ser removidas do contato com a pele, pois mesmo os vapores podem ser agressivos.
Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.
Imagem em licença Creative Commons (by-nc-sa).
Imagem em comemoração à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
Uma pequena correção no final: ao contrário do ácido clorídrico, que é volátil, o ácido sulfúrico é fixo e, portanto, não libera vapores, mesmo que esteja concentrado. Já o oleum, que é constituído de trióxido de enxofre dissolvido em ácido sulfúrico concentrado, pode desprender o anidrido como gás.
Realmente, a vaporização dele é bem baixa. Não se comparando ao clorídrico. Obrigado pela correção.