
Já imaginou um pepino brilhando no escuro como uma lâmpada de rua? Parece ficção científica, mas é exatamente o que acontece em um experimento tão curioso quanto perigoso.
Tudo começa com um pepino em conserva, retirado do frasco e perfurado com dois garfos de metal — um em cada extremidade. Esses garfos são ligados a uma fonte de alta tensão elétrica, controlada por um transformador.
Ao ligar a eletricidade, a corrente passa pelo pepino. Como ele está cheio de salmoura — água com sal, rica em íons como sódio (Na⁺) e cloreto (Cl⁻) —, conduz eletricidade. Mas oferece resistência, o que gera calor (efeito Joule). Esse calor excita os íons de sódio, que, ao voltarem ao seu estado normal, emitem uma luz amarela-alaranjada, como a das antigas lâmpadas de rua.
No vídeo do experimento, uma das extremidades do pepino brilha intensamente. Como a corrente usada é alternada (AC), a polaridade muda 50 ou 60 vezes por segundo, fazendo a luz piscar e, às vezes, alternar de lado.
Usando uma câmera térmica, os pesquisadores mostram que a região brilhante aquece mais. Quando fazem um corte no meio do pepino, percebem que essa parte aquece ainda mais — o entalhe aumenta a resistência.
Mas atenção: esse é um experimento extremamente perigoso. Mexer com alta tensão elétrica exige conhecimento e equipamentos adequados. No fim do vídeo, o professor Martyn Poliakoff ainda prova um pedaço do pepino queimado — um lanche no mínimo… estranho.
A experiência mostra, de forma curiosa, como soluções salinas conduzem eletricidade, como o calor se forma por resistência e como a luz pode ser emitida por íons excitados.
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