Autor: Luís Roberto Brudna Holzle

Fluoresceína sob luz ultravioleta

fluoresceína dentro de tubo de ensaio
A fluoresceína, especialmente na forma de seu sal sódico, chamado algumas vezes de uranina, é um composto químico que ao ser dissolvido em água e colocado sob luz ultravioleta emite uma coloração que fica entre o verde e o amarelo. O interessante é que quando está sólida, a fluoresceína tem uma cor vermelha bem forte, tornando o efeito de cores bem inusitado.

Por causa desse brilho intenso é de se esperar que a fluoresceína seja amplamente utilizada como corante. E na pesquisa científica pode ser utilizada como um marcador para ressaltar certas características de um material orgânico ou de fluídos de origem biológica, pois o composto pode se ligar e ‘marcar’ certas proteínas.

A dependência do brilho com a acidez do meio também permite criativos usos da fluoresceína na determinação do pH de uma amostra.

Vídeo com a adição de fluoresceína em água e etanol (vídeo sem legendas).

Texto escrito por Lígia Bartmer e Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle.

Destilando álcool de uma cerveja

topo da fervura da cerveja
A Professora Sam Tang da Universidade de Nottingham fala um pouco sobre as propriedades químicas do etanol e então demonstra como é possível extrair, por destilação, o álcool presente em uma lata de cerveja.
Sam também diz que a forma da molécula do etanol é muito parecida com um cachorro, semelhante ao propano que já comentamos aqui neste site.
E o Professor Martyn lembra que na história da humanidade era comum a ingestão de bebidas alcoólicas fracas para evitar o consumo de água contaminada; pois a presença de álcool na bebida funcionava como uma espécie de conservante.
O vídeo possui legendas em português. Ative as legendas no vídeo.

Veja também qual é a utilidade do álcool radioativo.

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

O valor de um diamante

diamante de mentira
A visão de um químico sobre o valor de um diamante, como diz o Professor Martyn Poliakoff, vai um pouco além do valor do diamante como joia.

O interesse dos químicos é sobre a estrutura do diamante, perceptível na rigidez do arranjo e ligações entre os átomos de carbono do material.

Um dos usos dessa grande resistência do diamante é como material utilizado em equipamentos que aplicam altíssimas pressões em pequenas quantidades de um determinado composto. Veja o que ocorre com o oxigênio ao ser submetido a altas pressões, em https://imagens.tabelaperiodica.org/oxigenio-solido/.

Para fugir dos altos valores do diamante utilizado em joias, os pesquisadores normalmente optam por gemas sintéticas, que podem inclusive ter suas propriedades levemente modificadas pela inserção de pequenas quantidades de outros elementos químicos na estrutura de carbono do diamante.

Vídeo com legendas em português. Ative clicando no botão ‘captions’ que aparece no vídeo embutido abaixo.

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

E se o gelo não flutuasse?

gelo flutuando em um bequer com agua liquida
Uma das clássicas perguntas que parece simples, mas que se levada a sério pode gerar uma série de implicações explicações sobre a química e a física envolvidas no fenômeno.
O que aconteceria se o gelo não flutuasse na água?

O Professor Martyn Poliakoff, da Universidade de Nottingham na Inglaterra, explica sobre as diferenças de densidades entre gelo e diferentes líquidos, além das propriedades isolantes que o gelo possui. Martyn também lembra que o gelo é branco e reflete a luz solar alterando a temperatura e o clima da Terra.

E o vídeo tem uma surpresa de algo simples e genial. O que acontece quando você coloca gelo (feito com água) em álcool puro?

Vídeo com legendas em português. Ative clicando no botão ‘captions’ que aparece no vídeo embutido abaixo.

Veja também o vídeo sobre a água pesada https://www.emsintese.com.br/2010/agua-pesada/.

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Reação do cão que late

chama percorrendo tubo de vidro
Uma reação entre dois gases, o dissulfeto de carbono (CS2) e o óxido nitroso (N2O), quando realizada em um longo tubo, produz um forte brilho e um som que lembra muito um latido de um cachorro.
A equipe do Periodic Videos fez, talvez, a primeira filmagem desta reação com uma câmera super rápida, sendo possível observar com detalhes o que ocorre durante o percorrer da reação pelo tubo.
Para espanto dos químicos, é possível ver que a reação tem uma espécie de oscilação pelo tubo, que ocorre cada vez mais rápido à medida que vai ao fundo. O Professor Martyn e seus colegas deduzem que isso ocorre pela presença da onda de choque causada pela rapidez com que a reação ocorre, percorrendo então o recipiente em um movimento parecido com o que uma bola de borracha picando.

A demonstração guarda alguns perigos, e só deve ser realizada por pessoal especializado e com uso de equipamentos de proteção adequados. Um alerta disso é a descrição presente no artigo “Taming the Barking Dog”, da revista Journal of Chemical Education de maio de 2006, que relata um acidente ocorrido durante uma dessas demonstrações:

O acidente [resultante da reação ‘Cão que late’] teria sido fatal para Liebig se a sua caixa de rapé não tivesse impedido uma grande lasca de vidro de penetrar sua artéria femoral.

Liebig, citado no trecho acima, é Justus von Liebig, um famoso químico alemão que viveu entre 1803 e 1873.

Vídeo com legendas em português. Ative pelo YouTube.

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Bolhas do refrigerante em um copo

refrigerante sabor laranja em bequer com destaque para as bolhas
Perceba que em uma área do vidro existe uma maior formação de bolhas de CO2 do gás do refrigerante. Isto ocorreu porque esta parte do vidro foi recoberta propositalmente com margarina – para simular uma superfície engordurada. A presença da margarina facilitou a formação preferencial de bolhas nesta parte do vidro.
Esta pode ser uma das formas de se identificar se a superfície interna de um copo possui alguma irregularidade ou sujeira depositada.
A dica deve ser utilizada com cuidado, pois nem sempre a formação de bolhas em uma área específica significa que o copo está sujo, podendo ser originada por outro motivo, não sendo um sinal de falta de higiene.
Fenômeno semelhante pode ser observado em uma panela com água fervente, na qual as bolhas formarão preferencialmente em irregularidades no interior da panela.
Ainda, a brincadeira de colocar mentos na coca cola também tem relação com irregularidades presentes na superfície do mentos, leia mais sobre isso em ‘Mentos e coca cola’.

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

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