Autor: Luís Roberto Brudna Holzle

Lítio – demanda crescente

carro chevy volt bateria

Corrida pela criação de novas tecnologias para agradar consumidores preocupados com o meio ambiente pode acabar trazendo alguns novos desafios para a indústria.

Um exemplo bem claro disso ocorre com a crescente indústria de baterias à base de lítio, que além do tradicional e gigantesco uso em celulares e notebooks, começa a ter importância estratégica na produção de carros híbridos e elétricos. O melhor desempenho das baterias de lítio, na armazenagem de carga e no menor peso, já fez com que, a General Motors, por exemplo planejasse usar baterias deste tipo em seus modelos Chevy Volt e Saturn Vue.

A demanda de lítio fez com que o preço do produto (uma commodity) aumentasse nos últimos anos. E já existem estrategistas preocupados com possíveis gargalos na obtenção do lítio. Por enquanto não existem problemas com a quantidade de lítio, mas sobre o controle dos locais nos quais ele se encontra em maior concentração e facilidade de extração.

A revista americana Forbes já lançou a carta, chamando o Chile de ´A Arábia Saudita do Lítio´, isto porque o serviço geológico americano alegou que o Salar de Atacama pode conter em torno de 27% das reservas de lítio do planeta, com presença ainda de importantes reservas no Salar de Uyuni na Bolívia e um salar no Tibet (China).

A troca de veículos movidos a gasolina por híbridos tem como argumentação a preservação do meio ambiente, e a pedra no sapato pode continuar com a extração de lítio destas reservas, acarretando mudanças na ecologia das reservas. Mas ainda é possível que essa troca seja, no final das contas, vantajosa.

Um das empresas que investe pesado em baterias de lítio é a A123 Systems que recentemente lançou uma nova linha de baterias com propriedades muito boas para diversas aplicações, e com demonstrações de performance ainda mais impressionantes, como o uso da tecnologia na moto elétrica mais rápida do mundo. No entanto a empresa não se manifesta sobre a questão do lítio.

moto eletrica a123

O assunto já fez com que despertasse a consciência para aposta em tecnologias que apresentam materiais abundantes, tais como níquel, zinco, magnésio, etc.

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Caneca erlenmeyer

Muitos químicos adoram tomar café.
Esta interessante xícara com um formato parecido com um erlenmeyer é só mais uma forma de causar inveja em seus colegas de trabalho.
Só cuidado para alguém não confundir o material com uma vidraria comum e usar para alguma reação perigosa.
caneca formato erlenmeyer

Veja também
Mesa com tabela periódica

Sódio – um clássico das explosões

pedaço de sódio metálico
O sódio é um elemento clássico para quem gosta de ver explosões em química.
O sódio faz parte do grupo dos metais alcalinos e reage vigorosamente com água, resultando em NaOH e hidrogênio (e calor). Este hidrogênio resultante é o responsável pelo perigo de explosão que ocorre neste tipo de reação.

Normalmente é armazenado dentro de algum tipo de óleo para evitar que a umidade entre em contato com o metal propiciando reação.

Veja mais informações e a reação com água no vídeo abaixo

O vídeo está legendado em português. Para ver a legenda, clique no PLAY e depois ative a legenda clicando no botão no inferior direito e selecione “Ativar Legendas >> Português”.
Assista mais vídeos traduzidos em
http://www.youtube.com/view_play_list?p=BFA8BBE552D8FF65

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Atenção: Não tente repetir este experimento sem equipamento de proteção.

Termodinâmica – Os Fundamentos da Energia

dedo mostra matemática
O YouTube possui uma coleção muito grande de bons vídeos em ciência.

Uma valiosa coleção é a do canal do National Programme on Technology Enhaced Learning, com mais de 3000 vídeos sobre diversas áreas da ciência.

Veja a coleção organizada por curso neste link

https://www.youtube.com/profile?user=nptelhrd&view=playlists

Um bom vídeo para quem quer aprender mais sobre termodinâmica é o
Lecture – 1 Thermodynamics : The Fundamentals Of Energy

Este vídeo é mais indicado para aqueles que iniciam um curso de química ou de enganharia. Os conceitos são avançados e é necessário um conhecimento básico de inglês para entender a palestra.

O palestrante inicia comentando sobre a impossibilidade de máquinas de movimento perpétuo e parte para explanações sobre a seta do tempo, afirmando que as leis da natureza normalmente não fazem distinção entre uma direção “positiva ou negativa” do tempo. Para facilitar o entendimento ele cita Richard Feynmann que diz que para entender esse conceito uma analogia interessante seria filmar algo e depois passar o filme ao contrário, se você percebe que existe algo estranho no filme reverso, é que existe algo que não é reversível no tempo. E é neste ponto que entra a Segunda Lei da termodinâmica.

O palestrante utiliza bastante os conceitos de desordem para conceituar a entropia; eu considero que isso pode ser problemático para alguns aspectos do entendimento da idéia. Portanto tenha cuidado ao interpretar o que é dito.

Na parte final, o conceito de negentropia também é abordado.

Leia também
A entropia e a seta do tempo
Quatro leis que guiam o Universo

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Cervejas e pilhas no Mythbusters


No episódio 29 da terceira temporada os Caçadores de Mitos (Mythbusters) testeram qual é o método mais rápido para se gelar cerveja e, ainda, se uma antiga pilha seria mesmo viável em seu uso.

No teste da cerveja os resultados foram interessantes. Um mito afirma que seria possível gelar cerveja enterrando uma lata na areia, jogando gasolina sobre a areia e depois atear fogo.
O programa provou que esta estranha idéia não funciona. Para complementar os testes eles verificaram qual método seria mais rápido para gelar a cerveja:
– com um extintor de incêndio de CO2 (3,5 minutos)
– na geladeira (mais de 40 minutos)
– no freezer (25 minutos)
– em uma mistura de água e gelo (15 minutos)
– em uma mitura de água, gelo e sal (5 minutos)

O extintor foi o mais rápido, seguido da mistura de água, gelo e sal. O extintor resfria porque ao ser acionado a temperatura do CO2 cai bastante, devido a forte expansão do gás. Mas não é um método muito barato, você vai descarregar quase um extintor inteiro para gelar apenas algumas latas de cerveja. Já a mistura com sal resfria mais por causa do abaixamento de temperatura que se consegue com o sal (comum, de cozinha), isso é conhecido como efeito crioscópico.

O outro mito testado foi o da construção da pilha antiga. Existe um achado arqueológico, em 1936, que sugere que as pilhas já poderiam existir a centenas de anos antes de Cristo. Pela peça encontrada provavelmente estas baterias seriam construídas dentro de um jarro de terracota usando como eletrodos um pedaço de ferro e outro de cobre, e como eletrólito algum ácido comum na época, como por exemplo suco de frutas, vinagre…
Os testes de construção feitos no programa indicam que é possível se obter uma boa tensão com a ligação de diversas dessas baterias em conjunto. Foi até possível obter a galvanização de uma peça com a corrente fornecida. Os testes indicaram também que o conjunto poderia ser utilizado em algum tipo de acupuntura ou ritual religioso.

Leia mais sobre a pilha primitiva em
https://en.wikipedia.org/wiki/Baghdad_Battery

Mais sobre este episódio do Mythbusters em
https://en.wikipedia.org/wiki/Mythbusters_season_3#Episode_29_.E2.80.94_.22Cooling_a_Six_pack.22

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Química no Dia das Bruxas

abóbora halloween
Uma molécula  de cera (de vela) tem mais energia que uma molécula de TNT! Como?! É, só que a energia na molécula da cera é liberada lentamente e não de forma explosiva no TNT. Além disso, no TNT temos oxigênio disponível na própria estrutura do explosivo, aumentando ainda mais a velocidade com que a reação pode acontecer, o que não é o caso de uma vela.

Existe tanta química em uma vela que até o famoso cientista Michael Faraday resolveu usá-la como ponto de partida para contar histórias sobre a química. Ele fez isso em suas clássicas palestras, transformadas em livro em 1861, com título de ´A História Química De Uma Vela”.

livro de michael faraday

Veja mais no vídeo


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