Autor: Luís Roberto Brudna Holzle

Hélio – muito leve e inerte

mão segurando balão amarelo com hélio
O hélio é um gás muito leve e pequeno, por isso é usado para encontrar possíveis vazamentos em sistemas com alta pressão ou com vácuo.

O hélio também é utilizado para encher balões e dirigíveis.

O hélio não pode ser sintetizado, pois é somente um elemento, e se liberado na atmosfera o gás tende a escapar para o espaço. Pode ser formado pelo decaimento radioativo de alguns elementos no subterrâneo.

Veja estas e outras informações no vídeo a seguir:

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Reações em papel

Lab-on-a-chip, é uma recente tendência no desenvolvimento da química e consiste na integração de uma ou mais funções de um laboratório em um pequeno ´chip´ de apenas alguns milímetros. Ou seja, um sistema de análises químicas miniaturizado.

Não bem o conceito surge e já existem aprimoramentos significativos e muito interessantes nesta área.
Pesquisadores do grupo Whitesides de Harvard construiram um sistema de microfluídos em um pequeno quadrado de papel do tamanho de uma unha.
Sistemas tradicionais de microfluídos normalmente apresentam uma certa complexidade, sendo necessário o controle de fluidez e passagem de líquidos por finos canais.

O uso de papel traz para a técnica a normal facilidade que um líquido tem de fluir pelas fibras do papel pela ação da capilaridade.

O grupo de Harvard tratou o papel com polímeros hidrofóbicos em determinadas posições para garantir o controle de fluidez da amostra sobre o papel, guiando o líquido até determinados locais onde esta poderia interagir com reagentes específicos, fornecendo os resultados desejados. Com a divisão de fluxos da amostra fica mais fácil realizar diversos tipos de testes sobre o mesmo papel, com o fornecimento de diversos tipos de diagnósticos.

O papel ainda apresenta a vantagem de ser barato, maleável e difícil de ser quebrado, ao contrário dos tradicionais sistemas de lab-on-a-chip. No entanto as desvantagens podem estar no fato de que provavelmente não será possível obter o mesmo controle de fluídos obtidos até então.

Os usos podem ser bem diversos, como em testes de sangue, urina (uma versão mais complexa do teste de gravidez), alimentos, reservas de água, etc.


Imagem de um papel usado em análise

Percebendo a importância dos avanços obtidos,  a equipe de cientistas fundou a empresa Diagnostics For All, que não visa lucros e tem como objetivo difundir a tecnologia para países em desenvolvimento.

Fonte Lab-on-a-Chip Made of Paper

Cheiro de espaço


Quais são os odores que os astronautas sentem quando estão em uma missão espacial? Principalmente quando usam um traje e estão fora da nave para algum reparo.

A NASA solicitou ao químico Steven Pearce e sua equipe para que recriassem o conjunto de odores. O objetivo desta tarefa é facilitar a aclimatação de astronautas que estão em treinamento na Terra, para que eles possam sentir uma experiência mais próxima do real.

Para poder recriar algo parecido Steven Pearce iniciou uma série de entrevistas com astronautas experientes e os relatos que ouviu descrevem um cheiro que varia entre bife frito e metal quente! Um chegou a descrever que o odor é semelhate ao de solda de uma motocicleta.

Steven Pearce afirma que já conseguiu reproduzir o odor de bife frito, mas ainda não obteve bons resultados para o odor de metal quente.

Pearce foi visitar o Moorside High School, em Manchester para discutir o projeto, como parte do Manchester Science Festival.

Os odores da exploração especial não são novidades, nas viagens até a Lua os astronautas relataram que sentiram um cheiro semelhante ao da pólvora quando retornaram ao módulo lunar.

Adaptado de “What does outer space smell like?”

Lítio – reage com nitrogênio

mão segurando um pouco do elemento lítio
O lítio está no topo do grupo dos metais alcalinos na tabela periódica, é muito reativo e tem utilidade na química orgânica para ativar a formação de ligações carbono-carbono.

Se o metal for deixado em contato com o ar, ocorre uma reação com o nitrogênio formando uma camada escura sobre o material, que é composta de nitreto de lítio.

É um metal muito leve e reage com água.

O lítio tem diversas aplicações, uma delas é no tratamento de desordem bipolar.

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Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Flúor – paranóia quase contagiosa

As paranóias são um pouco contagiosas. Se alguém te conta uma história estranha e cheia de elementos de conspiração, existe uma grande chance de você acreditar ou pelo menos ficar na dúvida sobre a veracidade, com aquela ´coceirinha´ para espalhar aquele grande segredo da conspiração mundial para que todos saibam sobre a tal verdade oculta… mesmo que seja tudo isso falso.

Vamos ver… bananas causam câncer de cotovelo! Você certamente está rindo da minha cara, mas e se a história inventada for mais estranha e cheia de detalhes obscuros?! É certo  que neste caso existe uma chance maior de acreditar que existe algo de verdade, mesmo sendo, no fundo, tão absurda quanto as bananas cancerígenas.

Aqui é que entra o perigo de tudo. E se eu te contar que algumas pessoas acreditam que o flúor adicionado na água é na verdade uma tentativa dos governos de facilitar a dominação sobre a população? Algum tipo de conspiração comunista sobre a população, para facilitar a manipulação das crianças, que se tornam fracas e mentalmente indefesas à doutrinação. Bom, espero que você não fique com a coceirinha de acreditar nesta história, pois é uma paranóia tipicamente americana, e não seria interessante importar este absurdo para a nossa cultura.

Fique tranquilo. Os níveis de flúor na água são seguros e adequados para se diminuir a incidência de cáries na população.

A fluoretação da água no Brasil teve seu início em 1985. O teor de flúor na água é definido de acordo com as condições climáticas (temperatura) de cada região, em função do consumo médio diário de água por pessoa. Para o estado de São Paulo o teor ideal de flúor é de 0,7 mg/l (miligramas por litro) podendo variar entre 0,6 a 0,8 mg/l. (Fonte: Sabesp)

Veja também
Vídeo com propriedades do elemento flúor

Bismuto – quase radioativo

mãos segurando bismuto
O bismuto pode gerar ´cristais´ bem bonitos e brilhantes se for aquecido e resfriado com cuidado. Existem receitas pela internet de como realizar esta tarefa.

O bismuto é o elemento ´mais pesado´ na tabela periódica sem ser radioativo. Bem, ele emite partículas alfa, mas a emissão é tão lenta que se pode considerar que ele não é radioativo.

Com o bismuto você consegue a liga metálica chamada Metal de Wood, que funde em água fervente.

O bismuto também é utilizado em catálise, para propiciar reações mais seletivas.

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Assista mais vídeos traduzidos em
http://www.youtube.com/view_play_list?p=BFA8BBE552D8FF65

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.