Notícias recentes indicam uma contenção do vazamento que ocorreu no Golfo do México, devido a uma explosão na plataforma Deepwater Horizon da British Petroleum.
Mas o que acontece com o petróleo que vaza na água? Como é o seu comportamento na superfície?
A equipe do Periodic Videos explica um pouco sobre a química do petróleo.
Veja no vídeo abaixo. Com legendas em português.
Mais informações sobre o petróleo.
Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.
O Prof. Emiliano Chemello iniciou a publicação de mais uma série de textos muito interessantes. Desta vez o tema escolhido trata dos ´Acidentes explicados pela ciência´. Até o momento estão disponíveis os textos: =Símbolos de perigo e seus significados =Césio 137: A tragédia radioativa do Brasil =Desastre em Bhopal =Chernobyl: a luta contra um inimigo ‘invisível’
E ainda estão previstos os seguintes temas: =O ônibus espacial Challenger explode na decolagem =Grisu: uma mistura perigosa! =Explosão de Halifax =Acidente de Seveso =Desastre de Minamata =Explosão do Zeppelin em Hindenburg
Conforme o tempo passa aumentam os esforços para combater o aquecimento global e a grande quantia de dióxido de carbono, a mais nova notícia é de uma bactéria que foi modifica para transformar o dióxido de carbono diretamente em combustível, o isobutiraldeído composto que pode ser reaproveitado.
Podemos fazer uma comparação entre dois métodos o deste artigo e o do anterior postado, um método de síntese (artigo já abordado neste blog) ou um método mais biológico, embora os dois sejam interessantes nenhum é de aplicação tecnológica imediata e de fácil realização, então esperamos por métodos mais eficazes.
A redução de emissões de CO2 na indústria é uma meta constante no desenvolvimento científico e tecnológico.
Um importante avanço foi feito em pesquisas realizadas na Universidade Newcastle, na Inglaterra, na qual desenvolveram uma forma mais aprimorada de transformar o dióxido de carbono (CO2) em material útil para a indústria química.
O avanço garantido nesta pesquisa ficou por conta de um novo catalisador que trabalha em temperaturas de 60oC e pressão atmosférica, que facilita uma reação entre epóxidos e CO2 para formar carbonatos cíclicos.
Este tipo de reação já existe a diversos anos, mas os catalisadores precisavam de dióxido de carbono muito puro, em altas pressões e temperaturas, o que dificultava o seu uso em condições onde normalmente se tem o CO2 como resíduo.
Os pesquisadores desenvolveram o catalisador bimetálico a base de alumínio de uma forma que garanta a efetividade da reação em condições brandas, e portanto de uso mais amplo na indústria.
Artigo original em:
North, M., Villuendas, P., & Young, C. (2009). A Gas-Phase Flow Reactor for Ethylene Carbonate Synthesis from Waste Carbon Dioxide Chemistry – A European Journal DOI: 10.1002/chem.200902436
A voracidade com que consumimos recursos também atinge a química.
A capacidade de mineração e exploração de certos elementos químicos pode atingir um limite muito mais cedo do que normalmente imaginamos.
Tecnologias, como por exemplo, dos monitores e televisões de LCD causaram um aumento da demanda pelo elemento Índio. Algumas fontes indicam que as atuais reservas de índio só garantiriam apenas 13 anos de consumo; e pior, se o mundo todo aumentar o consumo para metade da demanda existente nos EUA, o esgotamento seria atingido em apenas 4 anos!
É importante lembrar que nenhum elemento químico simplesmente some; o problema reside na facilidade de extração e mineração dos elementos. Quanto mais difícil é a obtenção, mais custos estarão envolvidos no processo.
As soluções são óbvias: aumentar a taxa de reciclagem, diminuir o consumo de matérias-primas estratégicas, substituição por elementos mais abundantes na natureza, etc. Mas será que conseguiremos atingir estas metas satisfatoriamente?
Tentei participar da Hora do Planeta, mas não obtive muito sucesso em controlar o impulso de ligar alguma ou outra lâmpada (fluorescente) durante essa hora.
Fiquei um pouco decepcionado ao ver que algumas pessoas resolveram o ´problema´ da escuridão desta hora usando velas!
Opa! Velas poluem e não são nada eficientes!
Poluem? Mas quanto? Poluem mais do que uma lâmpada incandescente? Mais do que uma fluorescente compacta?
Velas são normalmente feitas de parafina, hidrocarbonetos de cadeia longa. Queimar uma vela significa emitir uma grande quantidade de carbono para a atmosfera.
Mas como quantificar e comparar as emissões de carbono resultantes de uma lâmpada acessa e uma vela?
É um cálculo relativamente complicado de se fazer, principalmente na quantidade de carbono emitido ao se usar uma hora uma lâmpada. O ponto vai depender de diversos fatores, incluindo o método de geração de energia, a eficiência de transporte nas linhas de transmissão, o tipo de lâmpada, etc.
Já no caso da vela a emissão de carbono pode ser neutra se a vela for de origem orgânica, como no caso de cera de abelha. Mas desconfio que em muitos casos a cera da vela será mesmo de origem de combustível fóssil.
O blog Physical Insights vez alguns cálculos e chegou ao resultado de uma maior emissão de carbono para as velas. https://enochthered.wordpress.com/2008/03/31/earth-hour-candles-and-carbon/
Mas, novamente, ele fez diversas considerações sobre eficiências e luminosidade que podem não se aplicar em cada caso.
Alguém tem paciência para coletar todos os fatores envolvidos nestes cálculos e chegar a um resultado adequado para a realidade brasileira?
Resumindo, se deseja realizar um ato simbólico, evite as velas.
Michelle Bachelet, presidente do Chile, na noite da ´Hora do Planeta´.