Categoria: Físico-química

Estalactite de gelo na Antártida

direito autoral da BBC
A equipe de filmagens da BBC registrou um fenômeno raro de formação de uma estalactite de gelo no fundo do mar da Antártida, em gravações realizadas para o documentário ´Frozen Planet´ (Planeta congelado, em tradução livre).

A BBC batizou o fenômeno de brinicle, uma união das palavras brine (salmoura) e icicle (estalactite de gelo). Que ocorre pela descida da água concentrada em sal resultante do congelamento na superfície, conduzindo um fluxo de frio que facilita o congelamento da água ao redor, formando o pilar de gelo.

A formação do pilar é da superfície para o fundo do oceano porque a água mais concentrada em sal é mais densa, e tende a fluir para o fundo, forçando a formação do pilar nesta direção.

O curioso é ver brinicle chegar ao fundo do oceano, congelando tudo que encontra pela frente, inclusive a vida marinha que vagava nas proximidades.

Acesse o link e assista ao impressionante vídeo.

https://www.facebook.com/OUSciSoc/videos/834113980021156/

A filmagem foi feita em time-lapse, ou seja, a câmera ficou fixa e registrando a cena durante um longo tempo (de 5 a 6 horas), para depois o fenômeno ser exibido de forma acelerada.

Explosão do vidro

pirex visto do topo
Theodore Gray demonstra de uma forma drástica como um recipiente de vidro Pyrex comum não é muito resistente ao calor.

O material do Pirex de uso doméstico é de um vidro do tipo sodo-cálcico, um pouco menos resistente ao calor se comparado à vidraria comumente utilizada em laboratórios (por exemplo, os vidros borossilicatos).

A demonstração presente no vídeo (sem legendas) mostra o que acontece em uma variação brusca de temperatura em um vidro não preparado para este tipo de situação. Ao aquecer a parte externa o vidro expande e o contato com uma gota de água fria causa uma contração do material no interior do copo, resultando em tensões que acabam causando a ruptura violenta do recipiente.

Assista o vídeo em
http://www.popsci.com/science/article/2011-03/gray-matter-cant-take-heat

Não tente este tipo de experimento em casa ou sem equipamentos de proteção.

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Acetona sólida


A acetona (propanona) torna-se sólida em uma temperatura abaixo de -94,9 °C, e portanto será difícil ver esta substância neste estado, mesmo em um laboratório de química.

Com o auxílio do nitrogênio líquido é possível obter temperaturas menores do que os -94 °C, e assim você conseguirá ver como é a acetona sólida, mesmo que por alguns segundos, porque qualquer aquecimento faz com que retorne ao estado líquido.

No vídeo abaixo verá que foi obtida uma acetona finamente dividida, quase como uma ´neve´.

Um Nobel pelo grafeno

martyn mostra grafeno de plástico
Professor Martyn Poliakoff explica o que é o grafeno e porque dois físicos, Andre Geim e Konstantin Novoselov, receberam o Prêmio Nobel de física por estudos realizados com esta estrutura.

Martyn tenta repetir um dos procedimentos realizados por Andre e Konstantin, na obtenção de finas camadas de grafeno, apenas com um adesivo e grafite. Confira o resultado no vídeo abaixo.

Com legendas em português.

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Mão em nitrogênio líquido

O Theodore Gray é um entusiasmado pela química, e escreve regularmente uma coluna para a revista americana Popular Science.

Ele costuma também experimentos pouco tradicionais e que apresentam um certo perigo. Com conhecimento sobre a física e a química, é possível minimizar a chance de algum acidente, mas como ele sempre ressalta, as demonstrações somente devem ser feitas por especialistas e com o máximo de proteção possível.

Na coluna de agosto ele demonstrou como é possível colocar a mão dentro de nitrogênio líquido, que está a uma temperatura de -195 oC, sem muitos danos para a pele.

Apenas alguns instantes a mais em contato com o nitrogênio líquido podem resultar em congelamento e severos danos para a mão.

[Atualização 11 de outubro de 2017: O vídeo original está com problemas de acesso. Alteramos para um vídeo do canal NurdRage]
(sem legenda em português)

Neste experimento a pele da mão de Theodore Gray não congelou pois a imersão foi extremamente rápida, com um curto tempo de exposição. Além disto uma fina camada de vapor de nitrogênio minimizou o contato da pele com o líquido, no que é conhecido como efeito Leidenfrost. Que é o mesmo efeito que observamos quando uma gota de água é derramada sobre uma superfície que está muito quente. A gota de água quase que flutua sobre a superfície, com pouco contato com a placa quente.

Não tente isto em casa.

Veja os perigos de manipular nitrogênio líquido.

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.