Categoria: Geral

Elementos químicos em áudio


A tabela periódica está cada dia mais multimídia. O espetacular projeto de vídeos sobre a tabela periódica já é um sucesso absoluto de acessos no Youtube.
Mas ainda existe espaço para mais conteúdo interessante. A equipe do Chemistry World mantém um podcast sobre diversos elementos. Em cada caso um cientista ou autor reconhecido faz algum comentário interessante sobre o elemento em questão.

Chemistry in its element
https://www.rsc.org/periodic-table/podcast

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Astromolécula do mês


Quando a química e a astronomia unem forças, surge o interessante campo de pesquisa em astroquímica.
Existem diversas moléculas já descobertas no espaço. Uma lista delas pode ser vista em

https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_interstellar_and_circumstellar_molecules

David Woon, pesquisador da University of Illinois, criou um site no qual explica todo mês um pouco de cada uma dessas moléculas.
http://www.astrochymist.org/AMOTM/amotm_curr.html
A molécula deste mês (agosto 2008) é o nitrogênio. Esta é uma molécula simples, mas já foram identificados compostos mais complexos, como o benzeno, por exemplo.

http://www.astrochymist.org/AMOTM/amotm_curr.html

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Enganando o bafômetro – Lenda urbana


Encontrei na comunidade ´Professores(as) de Química´ no Orkut uma mensagem (enviada por Luis Pereira) que indicaria como se enganar os bafômetros. [Ps: observação importante. A mensagem circula pela internet, a comunidade no Orkut não está promovendo a desinformação. Apenas alertaram sobre o problema]
A mensagem que circula pela internet é totalmente falsa. Não existe nenhuma veracidade científica no que é proposto. Ou seja, não funciona.

A mensagem:

Meu nome é Bruno Barreto Alvez sou formado em Química pela PUC de
Campinas e vou deixar uma dica para escapar do teste do bafometro desde
que você não esteje muito bêbado e não consiga seguir as dicas abaixo:
1) No final da balada seja no bar ou em aguma festa antes de sair peça ao garçom um copo descartavel com COCAL COLA com bastante gelo.
3) Chegou na BLITZ maior comandão (pare o carro com calma afinal voce não
esta tão bebado) tome um gole bom de COCA COLA garantindo que as pedras de
gelo menores fiquem em sua boca.
5) Finalmente o Bafômetro sopre devagar e no mesmo ritimo, mesmo que você
tenha tomado um monte mas se sente legal o teste vai dar negativo ou
abaixo dos 0,02 mg/l de sangue.
Isto acontece pelo fato de o Hidrogenio liberado pelo gelo anular a maior
parte da associação do alcool no ar do seu pulmão, esta dica é velha e foi
descoberta por estudantes de Quimica Americanos que tiveram que enfrentar
o mesmo tipo de punição nos anos 70 e 80. Agora no EUA não se usa mais o
bafometro e sim o teste da faixa que ai não tem estudante, professor, PHD
que de jeito.
A COCA COLA para que serve? poxa você não vai querer ser parado com um
copo de WISKY com gelo então bota qualquer refrigerante menos agua pois demora mais para retirar o Hidrogenio do gelo.
Ps: Em Campinas ja passamos por 03 blitz usando este método, e lembrando
que esta dica não adianta no caso de amostra de sangue.

Provavelmente este suposto formado em química é um personagem inventado.
O programa ´Mythbusters – Caçadores de Mitos” demonstrou, no episódio 6 da primeira temporada, que não existe nenhum método caseiro para se enganar o bafômetro.
Perceba também que a lenda comenta em ´hidrogênio liberado pelo gêlo´. Não existe tal liberação de hidrogênio.

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Mesa com tabela periódica

Uma idéia criativa.

mesa de jardim

O banco é composto pelo grupo dos lantanídeos e actinídeos.
Boa idéia para uma mesa de café em um instituto de química.

Tabela periódica em parede falsa

apenas ilustrativa
Nos EUA uma antiga tabela periódica foi descoberta atrás de uma parede falsa.
O Dr. Arthur Greenberg, professor de química na University of New Hampshire, ficou com a interessante tarefa de tentar descobrir de qual época era a tabela periódica.
Após alguma investigação ficou claro que a tabela deveria ser de uma época entre 1931 e 1940. Essa identificação foi possível pela presença dos elementos químicos “virginium” e “alabamine“, que foram descritos em 1931 e depois tiveram seu nomes modificados para Frâncio e Astato, respectivamente, em 1940.
O pedido do nome Alabamine foi feito pelo Alabama Polytechnic Institute, alegando o pioneirismo na descoberta do elemento. [ Evidence of the Detection of Element 85 in Certain Substances – Phys. Rev. 37, 1178 – 1180 (1931) – DOI: 10.1103/PhysRev.37.1178 ]

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Telescópio de poeira lunar

Flickr créditos  Rhys Jones Photography


Construir um telescópio gigante na superfície luna tem sindo um antigo sonho para os astrônomos. Um telescópio lunar com o mesmo tamanho do Hubble (2,4 metros de diâmetro) seria uma ferramenta fenomenal para a astronomia. Já um do mesmo tamanho do maior telescópio terrestre (10,4 metros de diâmetro) seria muito mais eficiente porque na Lua a atmosfera é bem menos densa e não existiria o problema de distorção óptica. Mas como seria possível construir na Lua um objeto que provavelmente teria mais de 50 metros?
Este sonho e desafio foi encarado pelo astrofísico da Nasa, Peter C. Chen, que propos a interessante idéia de se utilizar poeira lunar como um dos materiais de construção deste espelho lunar gigante. Esta tática seria mais barata, pois minimizaria a necessidade de transporte de grandes quantidades de material da Terra até a Lua.
Chen testou a possibilidade de se utilizar um compósito misturando epóxi, nanotubos de carbono e poeira lunar. Os compósitos normalmente apresentam propriedades interessantes para estes casos, como a combinação entre leveza e grande resistência. Um compósito bem conhecido é a mistura de fibra de carbono com epóxi, utilizada na estrutura de algumas bicicletas de competição.
Para testar as propriedades deste compósito lunar, Peter Chen misturou em seu laboratório a epóxi, uma pequena quantidade de nanotubos de carbono e uma mistura que simula a composição da poeira lunar. O resultado foi um material duro, denso e forte como concreto.
Entusiasmado com o resultado inicial, Chen resolveu testar a construção de um espelho utilizando a conhecida técnica de rotação da mistura. Ele derramou a mistura em uma forma (de 30 cm de diãmetro) e submeteu o conjunto a uma rotação constande até o bloco solidificar. Essa rotação garante que a peça adquira a desejada forma parabólica. Depois de endurecida a peça foi inserida em uma câmara de vácuo para depositar uma fina camada de alumínio e obter uma superfície espelhada.
Os nanotubos de carbono tornam o compósito condutor, essa condutividade pode garantir um rápido equilíbrio térmico em todo o espelho e também possibilita que seja possível aplicar uma corrente elétrica em eletrodos anexos ao espelho para corrigir eventuais deformações.
Chen calculou que para construir um espelho do mesmo tamanho do Hubble seria necessário levar para a Lua cerca de 60kg de epóxi, 1,3kg de nanotubos e 1g de alumínio, completando a mistura com 600kg de poeira lunar.
Até este ponto a idéia parece simples, mas as dificuldades começam quando se lembra que é necessário também transportar até a Lua a forma, os aparatos de mistura e de deposição da camada de alumínio, além de ter a dificuldade de se eliminar a contaminação da própria poeira lunar sobre a superfície espelhada.
A idéia de criar compósitos aproveitando a poeira lunar também pode ser expandida para a construção de blocos de estruturas em futuras bases lunares.

Fonte
https://web.archive.org/web/20220819043854/https://science.nasa.gov/science-news/science-at-nasa/2008/09jul_moonscope

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.