Categoria: Inorgânica

Teste químico para identificação de prata com dicromato em meio ácido

Este vídeo do canal NurdRage apresenta um procedimento químico para verificar a autenticidade de objetos de prata utilizando uma solução reagente específica.

A preparação da solução envolve a dissolução de um sal de dicromato, como o dicromato de potássio (K₂Cr₂O₇), em água, seguida da adição de ácido nítrico concentrado. A solução resultante contém íons dicromato em meio fortemente ácido, condição necessária para a reação desejada. É enfatizada a necessidade de rigorosos cuidados de segurança durante o manuseio dos reagentes, devido ao caráter corrosivo do ácido nítrico e à toxicidade e carcinogenicidade dos compostos cromados.

O teste é realizado aplicando-se uma gota da solução sobre a superfície metálica a ser analisada. Quando o objeto é composto de prata verdadeira, ocorre uma reação de oxirredução que leva à formação de um precipitado de cor vermelho-vivo, característico do dicromato de prata (Ag₂Cr₂O₇). A presença dessa coloração confirma a presença de prata metálica.

O vídeo também explora as reações (ou ausência delas) da solução com outros metais, como alumínio, zinco, ferro/aço e platina. Observa-se que:

  • Alumínio e platina não reagem visivelmente com a solução.
  • Zinco reage vigorosamente, gerando uma coloração esverdeada.
  • Ferro ou aço reagem formando coloração marrom-amarelada.

Essas observações auxiliam na diferenciação entre metais visualmente semelhantes, mas com composições distintas.

Por fim, o vídeo ressalta que a aplicação da solução pode provocar leve corrosão ou alteração na superfície do metal testado. Recomenda-se, portanto, que o teste seja realizado em áreas pouco visíveis ou em amostras de referência, a fim de garantir a interpretação adequada dos resultados e minimizar possíveis danos ao material.

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Legenda do vídeo escrita por Luís Roberto Brudna Holzle – Professor Doutor na Universidade Federal do Pampa ( luisholzle@unipampa.edu.br ). Texto revisado com ajuda de IA.

Dissolvendo vidro em ácido

O canal no YouTube Thoisoi2 apresenta uma demonstração impressionante de um experimento clássico: a dissolução de vidro em ácido fluorídrico.

Logo no início, o criador do canal faz um alerta importante sobre os riscos envolvidos no manuseio dessa substância. O ácido fluorídrico é extremamente perigoso — e o vídeo mostra imagens impactantes de queimaduras químicas causadas por ele. Mais do que uma queimadura comum, a exposição ao ácido fluorídrico pode levar a acidentes graves, e em casos extremos, ser fatal. Por isso, é essencial ressaltar: nunca manuseie esse material sem o uso rigoroso de equipamentos de proteção adequados.

Além da reação com o vidro, o Thoisoi2 também demonstra como o ácido interage com metais como zinco, titânio e háfnio, destacando as diferenças entre eles. O vídeo ainda traz comentários sobre as principais aplicações industriais do ácido fluorídrico, ampliando a compreensão sobre a importância e os riscos desse composto no contexto químico e tecnológico.

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Veja também

Carne de galinha em ácido fluorídrico
Lâmpada em ácido fluorídrico

Texto e legenda escritos por Luís Roberto Brudna Holzle – Professor Doutor na Universidade Federal do Pampa ( luisholzle@unipampa.edu.br )

Descobrindo a água mais salgada do mundo

A busca pela água mais salgada do planeta nos leva a uma descoberta fascinante em uma pequena lagoa no norte da Etiópia. Esta história começa com a aventura de Eduardo Perez, que, durante suas férias, coletou uma amostra de água de uma lagoa recém-formada na Depressão de Danakil, uma região notável por sua intensa atividade sísmica e vulcânica.

A Depressão de Danakil, situada na parte norte da Etiópia, perto do equador, é uma área que se encontra bem abaixo do nível do mar, fazendo parte do Vale do Rift. Em 2005, após um terremoto, testemunhou-se o surgimento de uma nova lagoa, conhecida como Gaet’ale. O que torna essa lagoa particularmente extraordinária é a temperatura extremamente alta da água, que alcança 60 graus Celsius, uma condição propiciada por uma fonte termal que atravessa as rochas vulcânicas da região.

Além do calor, a água da lagoa Gaet’ale possui uma concentração salina surpreendente, sendo composta por uma mistura de cloretos de cálcio e magnésio. A salinidade é tão elevada que a água está saturada, com 43,3% de sólidos dissolvidos por peso. Isso significa que, em um litro de água, há 433 gramas de sólidos dissolvidos, quase metade do peso da água.

A análise química realizada por Perez revelou que essa lagoa abriga a água mais salgada já descoberta, um feito que garantiu um lugar no Guinness World Records. Uma curiosidade notável é a precipitação de sais à temperatura ambiente, evidenciada por cristais no fundo da amostra. Esse fenômeno ocorre porque os sais dissolvem mais facilmente em água quente do que em água fria..

Além da sua notável salinidade, a água da lagoa apresenta uma coloração amarela distintiva, atribuída a traços de ferro III, que, na presença de altas concentrações de cloreto, forma uma cor amarela forte.

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Três formas de fazer cloreto de cobre

Reação entre sulfato de cobre e ácido clorídrico

O primeiro método apresentado pelo NurdRage é uma simples adição de cobre ao ácido clorídrico – com borbulhamento constante de ar na solução. O procedimento é o mais lento de todos. Para aumentar a velocidade o outro método realizado com a adição de peróxido de hidrogênio (água oxigenada 3 a 6%).

O terceiro método é o mais rápido, mas resulta na presença de sulfato no processo. O cloreto de cobre é obtido na reação entre o sulfato de cobre e o ácido clorídrico.

Para mais detalhes sobre as quantidades, concentrações e procedimentos assista o vídeo abaixo.

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Este tipo de experimento somente deve ser realizado por pessoas com conhecimento das técnicas e dos procedimentos de segurança necessários. Não faça isto em casa.

Texto e legenda escritos por Luís Roberto Brudna Holzle – Professor Doutor na Universidade Federal do Pampa ( luisholzle@unipampa.edu.br )

Como fazer o Fogovivo do Game Of Thrones

experimento de simulação do fogovivo
Ok, o Fogovivo faz parte apenas do mundo ficcional do livro/série ‘Game Of Thrones’, mas com conhecimento em química podemos fazer algo parecido.

O canal NurdRage apresentou uma reação que pode produzir um efeito similar ao descrito na obra de George R. R. Martin.

O metanol foi utilizado como base para o fogo por queimar com uma chama azul mais límpida, sem a presença de cor amarelada residual. Na falta de metanol você poderia tentar a troca por etanol (álcool comum) que talvez gere um pouco mais de tons amarelados na chama inicial.

Para fazer a chama ficar verde basta adicionar um pouco de borax ou ácido bórico. A presença de sódio no borax causa o aparecimento de flashes de chama de cor amarelada, estragando um pouco a pureza de uma chama totalmente verde.

NurdRage explica então como produzir trimetil borato para se obter uma chama com um verde mais puro – usando metanol, ácido sulfúrico e borax. Os detalhes do procedimento e quantidade dos reagentes podem ser vistos no vídeo abaixo.

O vídeo possui legenda em português. Veja como ativar a exibição.

 

Cuidados! O ácido sulfúrico é perigoso e corrosivo, o metanol é tóxico e pode causa cegueira se ingerido, e o experimento envolve uso de fogo; portanto somente deve ser realizado por pessoas com conhecimento técnico e dispondo dos equipamentos de segurança necessários.

Se você quer um procedimento mais simples para se conseguir chamas coloridas acompanhe o vídeo abaixo.


Texto e legenda escritos por Luís Roberto Brudna Holzle – Professor Doutor na Universidade Federal do Pampa ( luisholzle@unipampa.edu.br )

Solução sensível ao ar – Veja como fazer

frasco contendo solução esverdeada
O vídeo abaixo, do canal NurdRage, mostra como fazer uma solução que muda de cor quando entra em contato com o ar (oxigênio).

Os reagentes utilizados foram:
– 200mg de cloreto de cobre
– 10mL de ácido clorídrico (>20%)
– 2g de cobre metálico

Os detalhes do procedimento podem ser vistos no vídeo abaixo.

Ao final, a solução incolor de cloreto de cobre (I) torna-se verde quando o oxigênio do ar difunde resultando na formação de cloreto de cobre (II) em solução.

Vídeo com legenda em português. Veja como ativar a exibição.

Observe que a concentração do ácido clorídrico deve ser maior do que 20%. Tenha cuidado, o ácido clorídrico é perigoso e o experimento somente deve ser feito com uso de equipamentos de proteção e por alguém que tenha conhecimentos técnicos em química.

Texto e legenda escritos por Luís Roberto Brudna Holzle – Professor Doutor na Universidade Federal do Pampa ( luisholzle@unipampa.edu.br )