Categoria: Inorgânica

Diamante amarelo

Mrtyn Poliakoff em seu escritório
Recentemente os sites de notícias divulgaram sobre o leilão de um diamante amarelo, arrematado por aproximadamente 10,9 milhões de dólares.

Como um diamante pode ser amarelo? Normalmente estamos acostumados com diamantes sem cor. O que pode causar tal efeito? E qual é a raridade da gema?

Martyn Poliakoff, químico da Universidade de Nottingham, explica que a coloração dos diamantes pode variar dependendo do tipo de contaminante presente na estrutura da gema, que normalmente é composta apenas de átomos de carbono.

No caso do diamante amarelo houve uma inclusão de pequeníssimas quantidades de nitrogênio na estrutura química do diamante, permitindo que um diferente tom de cor fosse percebido.

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Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Trióxido de cromo e um pequeno incidente

demonstração de reação
Martyn Poliakoff demonstra o que ocorre em uma reação de trióxido de cromo com etanol.

O trióxido de cromo tem uma cor avermelhada e ao final da reação redox o produto adquire uma coloração esverdeada.

Durante a reação o etanol é oxidado gerando o etanal (ou acetaldeído) e o cromo é reduzido de Cr(VI) para Cr(III).

reagente e produtos

Só que Martyn esqueceu de um pequeno detalhe! Veja no vídeo.

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Veja mais informações sobre o elemento cromo.

Ponte da Baía de Sydney

Professor na Ponte de Sydney
Estruturas de aço ou ferro podem sofrer corrosão. Então porque alguém construiria uma gigantesca ponte metálica? E ainda mais em uma região marinha, com a presença de sal (NaCl) que acelera os processos de corrosão!

Prof. Martyn explica os motivos deste aparente paradoxo.

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Pedra sabão no Cristo Redentor

destaque-cristo-redentor-martyn-2
Em sua recente visita ao Brasil o Professor Martyn Poliakoff aproveitou o intervalo entre uma palestra e outra para gravar mais vídeos da série Periodic Videos.

O primeiro vídeo é sobre os materiais presente na estátua do Cristo Redentor, em especial sobre a pedra sabão que recobre toda a superfície do monumento; que guarda uma curiosa relação com talco para bebês.

Veja estas e outras informações no vídeo abaixo.

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Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Estruturas cristalinas em paredes e milhos

Uma criativa forma de ilustrar os diferentes tipos de estruturas cristalinas e seus defeitos, foi feita com o uso de fotografias de algumas paredes e até com milho e cactus.

Defeitos de vacância
defeito de vacância

vacância cristalina

Discordância em parafuso
ilustração em parede

Veja mais imagens da coleção em
https://www.flickr.com/photos/core-materials/

Imagens em licença Creative Commons (by 2.0).

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Hexafluoreto de enxofre – uma molécula para odiar


No podcast produzido pela Royal Society of Chemistry, o Professor Dr. Andrea Sella comenta que existe uma molécula que ele realmente odeia, e esta é o hexafluoreto de enxofre (SF6).

O hexafluoreto de enxofre já fez famosas aparições em diversos vídeos pela internet, em um deles a elevada densidade do gás faz com que este acumule no fundo do recipiente em que é gentilmente colocado, causando um efeito semelhante a um ´líquido invisível´;

em outro vídeo Adam Savage, apresentador do programa Mythbusters, mostra a influência do gás na voz. Na primeira parte do vídeo Adam inala hélio, ficando com voz de Pato Donald, e logo em seguida inala hexafluoreto de enxofre, tornando a voz forte e pesada.

Tal mudança na voz ocorre pela diferença de vibração das cordas vocais quando em presença destes dois tipos de gases.

Mas porque Andrea Sella poderia odiar um gás? Ele argumenta corretamente que o SF6 é um gás extremamente inerte, permanecendo estável mesmo em condições severas. E justamente por isso tem aplicação em situações nas quais algo inerte é desejado, como por exemplo na indústria de produção de magnésio, na qual serve como uma capa de proteção de contato do magnésio com o oxigênio do ar. E o ódio de Sella torna-se claro quando lembra que o SF6 é um gás-estufa extremamente potente, com um efeito 32.000 vezes maior do que o gás-estufa CO2, se considerado um intervalo de 500 anos de atuação; que certamente será ainda maior, já que o SF6, por ser inerte, tem uma expectativa de duração na atmosfera de mais de 3200 anos.

A indústria, já sabendo destes problemas, busca constantemente modos de substituir o uso do material por outras substâncias menos agressivas ao meio ambiente.

Talvez não só a voz ganhe um timbre de vilão com o gás, mas ele próprio mostra o seu lado traiçoeiro.

Podcast
https://www.chemistryworld.com/podcasts

Para baixar o podcast, em inglês, acesse
http://www.rsc.org/images/CIIE_SF6_tcm18-197761.mp3