Categoria: Inorgânica

Novo catalisador converte resíduos de CO2 e material útil

A redução de emissões de CO2 na indústria é uma meta constante no desenvolvimento científico e tecnológico.

Um importante avanço foi feito em pesquisas realizadas na Universidade Newcastle, na Inglaterra, na qual desenvolveram uma forma mais aprimorada de transformar o dióxido de carbono (CO2) em material útil para a indústria química.

O avanço garantido nesta pesquisa ficou por conta de um novo catalisador que trabalha em temperaturas de 60oC e pressão atmosférica, que facilita uma reação entre epóxidos e CO2 para formar carbonatos cíclicos.

Este tipo de reação já existe a diversos anos, mas os catalisadores precisavam de dióxido de carbono muito puro, em altas pressões e temperaturas, o que dificultava o seu uso em condições onde normalmente se tem o CO2 como resíduo.

reacao catalisador carbonato dioxido

Os pesquisadores desenvolveram o catalisador bimetálico a base de alumínio de uma forma que garanta a efetividade da reação em condições brandas, e portanto de uso mais amplo na indústria.

Artigo original em:

North, M., Villuendas, P., & Young, C. (2009). A Gas-Phase Flow Reactor for Ethylene Carbonate Synthesis from Waste Carbon Dioxide Chemistry – A European Journal DOI: 10.1002/chem.200902436

Texto escrito por Luís Roberto Brudna Holzle – Professor Doutor na Universidade Federal do Pampa ( luisholzle@unipampa.edu.br )

Foguete com gelo e alumínio

reação expelindo material quente
Dica de leitura:
Alice vai te mandar para o espaço!
Pesquisadores estão desenvolvendo um novo propelente de foguetes feito de uma mistura congelada de água e pó de “alumínio em nano-escala” que polui o meio ambiente menos do que os propelentes convencionais, e que pode ser fabricado na Lua, em Marte e outros corpos celestes que tenham água.
continue lendo em:

https://www.blogs.unicamp.br/chivononpo/2009/10/07/alice_vai_te_mandar_para_o_esp/

Célula solar transparente

Seria um avanço muito promissor encontrar um material barato e de manufatura simples para se construir uma célula solar transparente. Um dispositivo desta natureza permitiria, por exemplo, construir uma janela que ao mesmo tempo é transparente e pode ser usada para geração de energia.

Este tipo de tecnologia demanda a existência de condutores do tipo N e do tipo P, que sejam transparentes.

Atualmente existe a possibilidade de usar óxido de índio estanho, que é transparente, para os do tipo-n. Mas existem barreiras tecnológicas para se obter um do tipo-p com as propriedades desejadas para a aplicação.

Simulações e cálculos realizados pelo Instituto Fraunhofer, na Alemanha, indicaram que o fósforo é adequado para a dopagem tipo-P para o óxido de zinco, e que o nitrogênio pode ser ainda mais promissor nesta aplicação.

Via Physorg

Nióbio – aço e motores

É mais um artigo sobre metais, como o prometido. Desta vez iremos tratar sobre nióbio (lembra até nome de país), falando em país, descobri que o nosso país (querido Brasil) é o maior produtor de nióbio.
Após esta cultura, vamos falar das suas aplicações? Talvez sua principal aplicação dentre todas seja o uso para melhorar algumas qualidades do aço (resistência, maleabilidade), mas como devem se perguntar, simples ao adicionar o nióbio ao aço (feito de ferro e carbono) forma o carboneto de nióbio, um elemento principal para melhora do aço.
Além dessa aplicação mais comum o nióbio é usado para fabricação de motores de foguetes espaciais, devido ele ter a capacidade de agüentar bastante a combustão.

niobio metalico amostra

Texto de Dison Franco

Metais e o Tungstênio

Começando nesse artigo, pretendo me dedicar aos metais, metais… Sim, quando olhamos para tabela periódica percebemos que há vários metais e a maioria não temos idéia de suas aplicações.
Para começar podemos comentar sobre o Tungstênio(W). É, este elemento de nome estranho é real, mas a maioria das pessoas não faz idéia de onde ele é aplicado, e um exemplo de aplicação no cotidiano é a lâmpada, exato a lâmpada. Aquele filamento que tem na sua mesma na sua casa é feita de W, “mas, porque?” você deve estar se perguntando. O principal motivo é bem simples, depois do carbono é o átomo que requer maior temperatura para seu ponto de fusão (3410 ºC). Isto faz com que possa se incandescer, emitir luz, e não fundir rapidamente.
lampada bulbo foto

Texto de Dison Franco

Esta mensagem se destruirá em 5 segundos

infofuse-1
(c) PNAS

“A criatividade é o poder de conectar o aparentemente desconectado.” (William Plomer)

A criatividade, presente em um artigo publicado na PNAS de março, ficou por conta de uma tira inflamável de nitrocelulose, embebida com diferentes metais alcalinos em diferentes regiões, que ao queimar emite diferentes cores.

O padrão de cores emitido na queima da tira pode ser utilizado para transmitir uma mensagem. Basta que um espectrômetro faça a leitura dos diferentes sinais durante a queima e traduza a mensagem codificada.

A equipe de pesquisadores conseguiu transmitir com sucesso a mensagem “LOOK MOM NO ELECTRICITY” utilizando apenas sais de lítio, rubídio e césio. Seria quase como transmitir uma mensagem por um daqueles clássicos teste de chama, em uma versão código-morse.

Perceba que ao queimar a tira emite chamas em diferentes cores. Esta é a mensagem codificada.
infofuse-2
(c) PNAS

As combinações de sais para gerar cores e codificar as letras, foram feitas de forma com que os casos em que se poderia ter a maior confusão de sinais, ficasse reservada para codificar letras menos comuns no alfabeto (em inglês), tais como Q, Z e X. E as de melhor qualidade para as letras mais comuns, E, T e A. Esta uma uma bela demonstração de criatividade ao se montar um experimento.

Samuel W. Thomas III, do Pearson Chemistry Laboratory, enquadra a ideia como sendo ´infoquímica´ (infochemistry), uma intersecção entre a informação e a química. “Células se comunicam usando sinais químicos, e nós estamos interessados em conectar um tipo de comunicação química e a comunicação digital na qual nossa infraestrutura tecnológica está baseada”, afirma ele.


Thomas, S., Chiechi, R., LaFratta, C., Webb, M., Lee, A., Wiley, B., Zakin, M., Walt, D., & Whitesides, G. (2009). From the Cover: Infochemistry and infofuses for the chemical storage and transmission of coded information Proceedings of the National Academy of Sciences, 106 (23), 9147-9150 DOI: 10.1073/pnas.0902476106