Categoria: Orgânica

Extração de cafeína de pílulas

medicamento de cor rosa
NileRed mostra como fez uma extração de cafeína existente em pílulas de cafeína. “Ué!? Mas esse tipo de pílula não deveria ser de cafeína pura? Elas são adulteradas?” Não. Mesmo em produtos originais e não falsificados é feita a adição de materiais como corantes e excipientes para completar a massa ou volume desejado.

No experimento ele utiliza 10 gramas de pílulas e 170 mL de diclorometano. O procedimento experimental de filtração, destilação, recristalização e equipamentos utilizados podem ser acompanhados no vídeo abaixo. Com o bônus da demonstração da possibilidade de purificar a cafeína por meio de uma sublimação.

O resultado foram 8,5 gramas de cafeína purificada, o que significa um rendimento de 85%.

Vídeo com legenda em português. Veja como ativar a exibição.

Atenção! Jamais utilize em humanos a cafeína resultante do método descrito acima. A ingestão de cafeína em doses elevadas pode ser mortal.

OBS: A venda de diclorometano é controlada pela polícia federal e o reagente não pode ser adquirido sem licença específica para isso.

Legenda e texto escritos por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ).

Como fazer piridina. A fedida!

líquido amarelo em balão de vidro
A piridina é muito utilizada em química orgânica, como solvente e principalmente como precursor de diversas outras substâncias. A estrutura da piridina já dá uma pista de que é um composto fundamental no laboratório.
desenho da molécula
O canal NileRed mostra como a piridina pode ser obtida a partir da niacina (vitamina B3) por meio de um processo de descarboxilação.
molécula de niacina
O procedimento demonstrado no vídeo foi feito com 50 gramas de niacina (vitamina B3) e 12 gramas de carbonato de cobre básico [Cu2CO3(OH)2]. Os detalhes técnicos de como o experimento deve ser realizado e o produto purificado estão bem explicados no vídeo.

Vídeo com legenda em português. Ative a legenda pelo Youtube (veja como).

O resultado relatado foi de 15 ml de piridina; ou seja, um rendimento de 46%.

Uma observação importante é que o canal NileRed é de química realizada de forma amadora. Portanto os procedimentos não são necessariamente os mais eficientes e/ou limpos.
O experimento somente deve ser realizado em laboratório devidamente equipado e com uso de itens de segurança. A piridina é tóxica e possui um desagradável cheiro de peixe.

Texto e legenda escritos por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ).

Extração do ácido cítrico de limões

frascos de reagentes e pilha de limões
No vídeo abaixo, do canal NileRed, é possível ver o processo de extração do ácido cítrico de aproximadamente 450 mL de suco de limão.

estrutura química do ácido cítrico

O ácido cítrico tem aplicação na indústria alimentícia para dar sabor ácido aos alimentos e no controle do pH, também pode ser usado como agente quelante, e além disso encontra espaço na fabricação de medicamentos.

No vídeo é possível ver os reagentes utilizados, as reações que ocorrem, a rota de extração, e a purificação do ácido cítrico presente no suco de limões. E pelos cálculos foi possível obter um rendimento de aproximadamente 83% – um bom valor se considerarmos a simplicidade do procedimento.

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O NileRed alerta que o ácido cítrico industrial normalmente não é produzido por extração de frutas cítricas, e que um método mais eficiente é pelo uso de fungos (por exemplo, Aspergillus niger).

O ácido cítrico não deve ser confundido com o ácido ascórbico (vitamina C); são duas substâncias diferentes.

Texto e legenda escritos por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ).

Síntese de fluoresceína

adição de líquido em balão reacional
O canal NileRed mostra no vídeo abaixo como realizar a síntese de fluoresceína. É possível também obter a fluoresceína pela extração do material existente em algumas canetas marca-texto.

anidrido ftálico resorcinol e fluoresceína

Para esta síntese foram usados anidrido ftálico e resorcinol; com a adição de algumas gotas de ácido sulfúrico concentrado para catalisar o processo. O aquecimento da mistura até próximo de 200 °C já é o suficiente para iniciar a reação – com a visível produção de uma cor vermelha intensa; indicando a formação de fluoresceína.

O passo seguinte é isolar e purificar a fluoresceína resultante. A fluoresceína foi separada pela adição de éter etílico e água. Os passos desta lavagem são mais facilmente realizados em um funil de separação, com objetivo de remover o ácido sulfúrico e o resorcinol que não reagiu. Na fração contendo fluoresceína e éter etílico foi então adicionada uma porção de peneira molecular para remover qualquer água que tenha permanecido nesta fase. O éter foi posteriormente extraído e recuperado por destilação.

Do processo de purificação sobra um produto sólido com cor vermelho escura que passa para a característica cor esverdeada ao ser adicionado em água contendo um pouco de hidróxido de sódio.

No vídeo abaixo estão todos os detalhes das quantidades de reagentes, do procedimento de reação e purificação, algumas considerações sobre o mecanismo de reação, e demonstrações do intenso brilho da fluoresceína quando iluminada sob luz normal e sob luz ultravioleta.

Vídeo com legenda em português. Ative a legenda nas configurações do vídeo.

Texto e legenda escritos por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ).

Veja como fazer etanol 100% anidro

álcool etílico com agente secante
Separar totalmente álcool etílico (etanol) da água pela destilação não é um processo tão simples quanto poderia parecer. O processo simples de destilação chega a uma pureza de no máximo 95,6% de álcool etílico (e o restante água); isto porque neste ponto ocorre a formação de um azeótropo de mínimo, no qual esta mistura tem um ponto de ebulição menor do que os componentes puros.

Então, como sair desse “nó”?
O canal NileRed mostra no vídeo abaixo um dos métodos possíveis para resolver isso. Ele parte de um etanol a 95% (adquirido comercialmente) e testa a concentração usando um densímetro. E então adiciona uma boa quantidade de peneira molecular adequada para esta função.

O inconveniente do uso de peneira molecular na secagem do etanol é que pode resultar em uma grande quantidade de deste material em suspensão no solvente. E o NileRed opta por destilar para remover o pó de peneira molecular e qualquer agente denaturante que tenha sido adicionado ao etanol comercial.

Vídeo com legenda em português. Clique no botão CC (no vídeo) para ativar a exibição.


Veja também:
Etanol radioativo
Destilando etanol de cerveja

Texto e legenda escritos por Luís Roberto Brudna Holzle – Professor Doutor na Universidade Federal do Pampa ( luisholzle@unipampa.edu.br )