Categoria: Orgânica

Lança-chamas químico

chama azul em líquido queimando
O professor Stephen Liddle realiza um impressionante experimento utilizando dietil zinco; mostrando que o zinco está longe de ser um elemento chato.

estrutura do composto
Dietil zinco

Em um vídeo anterior a queima do dietil zinco resultou em uma chama com cor amarela, mas que na verdade deveria ser azul. Para minimizar a contaminação, o novo experimento foi feito com uso de uma seringa de plástico e filmado em câmera super lenta.

Simon Woodward, da Universidade de Nottingham, fala também sobre a descoberta do dietil zinco pelo pesquisador Edward Frankland e sobre o possível exagero na descrição da violência da reação do composto com a água.

O vídeo não apenas demonstra a manipulação do dietil zinco, mas também mergulha na intrigante história de sua descoberta e destaca suas multifacetadas aplicações na química orgânica, com ênfase na síntese de uma variedade de compostos. Essa experiência oferece uma compreensão aprofundada das complexas reações químicas que envolvem compostos organometálicos, ao mesmo tempo que ressalta a estética intrínseca e os potenciais perigos inerentes a essas substâncias.

Vídeo com legendas em português. Ative as legendas pelo vídeo no Youtube.


Texto e legenda escritos por Luís Roberto Brudna Holzle – Professor Doutor na Universidade Federal do Pampa ( luisholzle@unipampa.edu.br )

De sabugo de milho a furfural

espigas de milho amarelas
O cheiro de uma colheita de milho lembra muito o odor do furfural. Algumas fontes descrevem como sendo um odor característico de amêndoas – o que não consigo confirmar por não conhecer o cheiro de amêndoas. Durante os processos laboratoriais envolvendo o furfural é possível também sentir um cheiro de milho queimado; e suspeito que isso tenha relação com a síntese de alguma outra substância semelhante ao furfural – talvez alguma oxidação.

Apesar de uma origem aparentemente inofensiva, o furfural apresenta uma certa toxicidade e algumas fontes indicam que a exposição crônica na pele pode aumentar a suscetibilidade à queimaduras por Sol (sem informar o motivo disto).

A síntese do furfural pode ser feita de maneira simples em um laboratório. Bastando usar sabugo seco de milho, ácido sulfúrico e sal (NaCl) (veja os detalhes em http://www.orgsyn.org/demo.aspx?prep=cv1p0280 ).

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Imagem em licença Creative Commons (by-nc 2.0), via Emily.

Fluoresceína sob luz ultravioleta

fluoresceína dentro de tubo de ensaio
A fluoresceína, especialmente na forma de seu sal sódico, chamado algumas vezes de uranina, é um composto químico que ao ser dissolvido em água e colocado sob luz ultravioleta emite uma coloração que fica entre o verde e o amarelo. O interessante é que quando está sólida, a fluoresceína tem uma cor vermelha bem forte, tornando o efeito de cores bem inusitado.

Por causa desse brilho intenso é de se esperar que a fluoresceína seja amplamente utilizada como corante. E na pesquisa científica pode ser utilizada como um marcador para ressaltar certas características de um material orgânico ou de fluídos de origem biológica, pois o composto pode se ligar e ‘marcar’ certas proteínas.

A dependência do brilho com a acidez do meio também permite criativos usos da fluoresceína na determinação do pH de uma amostra.

Vídeo com a adição de fluoresceína em água e etanol (vídeo sem legendas).

Texto escrito por Lígia Bartmer e Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle.

Destilando álcool de uma cerveja

topo da fervura da cerveja
A Professora Sam Tang da Universidade de Nottingham fala um pouco sobre as propriedades químicas do etanol e então demonstra como é possível extrair, por destilação, o álcool presente em uma lata de cerveja.
Sam também diz que a forma da molécula do etanol é muito parecida com um cachorro, semelhante ao propano que já comentamos aqui neste site.
E o Professor Martyn lembra que na história da humanidade era comum a ingestão de bebidas alcoólicas fracas para evitar o consumo de água contaminada; pois a presença de álcool na bebida funcionava como uma espécie de conservante.
O vídeo possui legendas em português. Ative as legendas no vídeo.

Veja também qual é a utilidade do álcool radioativo.

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Copo de isopor e acetona

fundo de um copo de cafe com furos por causa da adição de acetona
É possível destruir a estrutura do isopor (poliestireno expandido) com a adição de acetona (ou solvente semelhante, como a gasolina por exemplo). Neste caso a acetona desestabilizou a estrutura do poliestireno facilitando a saída da grande quantidade de bolhas de ar que o material apresenta, diminuindo muito o seu volume e causando essa sensação de ‘desmanchar’.
É importante salientar que o produto vendido em farmácias com o nome de acetona não contém a substância acetona em quantidades suficientes para se obter este efeito.
A venda de acetona em alta pureza é controlada para evitar seu uso no refino de drogas.

Veja também
Isopor em acetona

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Imagem em licença Creative Commons (by-nc-sa).
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Taça com água tônica, azeite de oliva, álcool e espinafre

coquetel de cores
Esta taça possui duas fases, a superior é uma mistura de azeite de oliva com um extrato de folhas de espinafre feito com álcool (etanol). Na parte inferior temos água tônica.
O brilho é devido à iluminação feita com luz ultravioleta (UV). Neste caso o extrato de espinafre tem um brilho intenso e vermelho; enquanto que a água tônica brilha azul pela presença de quinina em sua composição.
O brilho vermelho ocorre em parte pela interação da luz ultravioleta com a clorofila presente no extrato, que emite parte da energia recebida no comprimento de onda correspondente ao vermelho, em um processo chamado de fluorescência. Processo semelhante ao que ocorre com a quinina.

Leia também
Medidor de Fluorescência Caseiro

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Imagem em licença Creative Commons (by-nc-sa).
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