Categoria: Vídeos

O que acontece quando passamos corrente elétrica em um pepino?

Já imaginou um pepino brilhando no escuro como uma lâmpada de rua? Parece ficção científica, mas é exatamente o que acontece em um experimento tão curioso quanto perigoso.

Tudo começa com um pepino em conserva, retirado do frasco e perfurado com dois garfos de metal — um em cada extremidade. Esses garfos são ligados a uma fonte de alta tensão elétrica, controlada por um transformador.

Ao ligar a eletricidade, a corrente passa pelo pepino. Como ele está cheio de salmoura — água com sal, rica em íons como sódio (Na⁺) e cloreto (Cl⁻) —, conduz eletricidade. Mas oferece resistência, o que gera calor (efeito Joule). Esse calor excita os íons de sódio, que, ao voltarem ao seu estado normal, emitem uma luz amarela-alaranjada, como a das antigas lâmpadas de rua.

No vídeo do experimento, uma das extremidades do pepino brilha intensamente. Como a corrente usada é alternada (AC), a polaridade muda 50 ou 60 vezes por segundo, fazendo a luz piscar e, às vezes, alternar de lado.

Usando uma câmera térmica, os pesquisadores mostram que a região brilhante aquece mais. Quando fazem um corte no meio do pepino, percebem que essa parte aquece ainda mais — o entalhe aumenta a resistência.

Mas atenção: esse é um experimento extremamente perigoso. Mexer com alta tensão elétrica exige conhecimento e equipamentos adequados. No fim do vídeo, o professor Martyn Poliakoff ainda prova um pedaço do pepino queimado — um lanche no mínimo… estranho.

A experiência mostra, de forma curiosa, como soluções salinas conduzem eletricidade, como o calor se forma por resistência e como a luz pode ser emitida por íons excitados.

Vídeo com legenda em português. Ative a exibição da legenda pelo YouTube.

Legenda do vídeo escrita por Luís Roberto Brudna Holzle – Professor Doutor na Universidade Federal do Pampa ( luisholzle@unipampa.edu.br ). Texto revisado com ajuda de IA.

Destruindo um HD com química

Já pensou em garantir que os dados de um HD antigo sumam de vez? O canal NurdRage mostrou um jeito bem radical de fazer isso: usando ácidos fortes para corroer o disco rígido até ele desaparecer.

1. Ácido clorídrico em ação

O HD, com a tampa removida, é submerso em água e depois em ácido clorídrico (ou muriático). A reação com o alumínio da carcaça e outras partes metálicas libera gás hidrogênio. A equação:
6HCl + 2Al → 3H₂ + 2AlCl₃

Em cerca de duas horas, a maior parte do HD é corroída – carcaça, motor e componentes somem. Mas o prato onde os dados ficam ainda resiste.

2. O prato não se entrega fácil

Esse disco é feito de alumínio (ou vidro/cerâmica) e coberto com uma liga magnética de metais como ferro, cobalto, níquel e, às vezes, platina ou rutênio. Essa camada é resistente ao ácido clorídrico, então os dados continuam lá.

3. Água régia: a solução final

Para atacar o prato, o experimento continua com ácido nítrico, que dissolve o revestimento magnético (a solução fica verde), mas o disco de alumínio resiste devido à passivação – formação de uma camada protetora.

A saída é misturar ácido clorídrico com nítrico, formando a água régia, uma mistura extremamente corrosiva. Ela ataca o prato com violência, liberando vapores tóxicos (como dióxido de nitrogênio) e destruindo completamente o disco.

Conclusão: destruição total, com cuidado

O vídeo mostra que o ácido clorídrico sozinho não basta. Só a água régia garante a destruição dos dados no prato. Mas atenção: o processo envolve ácidos perigosos e gases tóxicos. É essencial usar luvas, óculos e trabalhar numa capela de exaustão.

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Legenda do vídeo escrita por Luís Roberto Brudna Holzle – Professor Doutor na Universidade Federal do Pampa ( luisholzle@unipampa.edu.br ). Texto revisado com ajuda de IA.

Luz, asas e ciência: Uma viagem ao mundo da cor

Você já parou para admirar o azul vibrante das asas de uma borboleta? No canal da Royal Institution, o físico John Pendry, do Imperial College London, nos convida a fazer exatamente isso — mas com um olhar curioso e científico. Em um vídeo fascinante, ele compartilha imagens que ele mesmo fez da belíssima borboleta Azul-de-Adónis. E o mais surpreendente não é apenas sua beleza, mas a explicação de onde vem essa cor tão intensa.

Ao contrário do que muitos podem pensar, o azul das asas dessa borboleta não vem de pigmentos ou corantes. A verdadeira mágica está na estrutura microscópica das asas. É essa estrutura — composta por padrões minuciosos e organizados — que interage com a luz de forma especial, fazendo com que a borboleta reflita predominantemente a luz azul. Esse fenômeno é conhecido como cor estrutural.

O professor Pendry aproveita esse exemplo da natureza para falar sobre seu próprio campo de estudo: os metamateriais. São materiais criados em laboratório, com estruturas também projetadas para manipular a luz de maneiras bem específicas — assim como faz a borboleta, mas com finalidades tecnológicas.

Com bom humor, ele encerra dizendo que “a borboleta chegou lá primeiro”, reconhecendo que a natureza já dominava esses truques ópticos muito antes da ciência começar a entendê-los.

No fim das contas, o vídeo é uma bela combinação entre ciência, natureza e tecnologia — mostrando como até as menores criaturas podem esconder grandes lições para a física moderna.

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Legenda do vídeo escrita por Luís Roberto Brudna Holzle – Professor Doutor na Universidade Federal do Pampa ( luisholzle@unipampa.edu.br ). Texto revisado com ajuda de IA.

Explodiu! Vídeo que Mostra o Poder do Triiodeto de Nitrogênio em Câmera Lenta

O vídeo começa com uma promessa e cumpre: vai ter explosão. O apresentador Andy Marmery, usando óculos de segurança e abafadores, segura um bastão de madeira e apresenta um pequeno monte de pó escuro sobre papel de filtro, em cima de uma lajota cerâmica.

Ao tocar o pó com o bastão, ocorre um estalo alto e uma nuvem roxa-avermelhada explode violentamente. Trata-se do triiodeto de nitrogênio (NI₃), um explosivo de contato extremamente sensível — até um mosquito poderia detoná-lo.

Cenas em câmera lenta mostram outras explosões: um balão que estoura ao encostar no composto, pedaços de cerâmica voando e nuvens densas de iodo. Marmery explica que o NI₃ se decompõe em gás nitrogênio (N₂) e gás iodo (I₂), liberando energia suficiente para desencadear uma reação em cadeia.

Usando modelos simples — uma bolinha para o nitrogênio e balões para o iodo —, ele mostra por que a molécula é tão instável: os grandes átomos de iodo se aglomeram de um lado do pequeno nitrogênio, gerando “tensão estérica”. A estrutura fica à beira do colapso.

Imagens captadas a 37.000 e até 59.000 quadros por segundo revelam que a reação acontece em apenas dois ou três quadros. A velocidade da onda de choque chega a cerca de 11.000 km/h, muito acima da velocidade do som no ar.

Um detalhe intrigante: antes da fumaça roxa dominar a cena, um breve clarão aparece — talvez devido ao calor extremo liberado no início da reação. O apresentador convida os espectadores a sugerirem explicações.

O vídeo termina com uma montagem musical de explosões em câmera lenta — um espetáculo de ciência e estética, mostrando que a química pode ser tão explosiva quanto fascinante.

O vídeo tem legendas em português. Ative a legenda pelo YouTube

Legenda do vídeo escrita por Luís Roberto Brudna Holzle – Professor Doutor na Universidade Federal do Pampa ( luisholzle@unipampa.edu.br ). Texto revisado com ajuda de IA.

Comemorando Halloween com show de quimioluminescência

luz, química, reação!
Kristof Hegedüs, do LabPhoto aceitou o desafio de criar um show de quimioluminescência para comemorar o Dia das Bruxas.

O resultado ficou espetacular!

Como ele conseguiu esse efeito?
As reações foram feitas em um balão de fundo redondo, comum em laboratórios de química, com agitação do líquido por meio de um agitador magnético.
A coloração azul é obtida com uso do composto perileno (C20H12), e o amarelo aparece quando se adiciona o composto rubreno (C42H28) – que é comumente utilizado naquelas pulseiras que brilham no escuro (lightsticks).

Música de ‘Reaktor Productions – All or Nothing‘.

Veja mais alguns detalhes em Labphoto.

Veja também
Mão que brilha
Refrigerante que (não) brilha no escuro

O universo em um copo de café

leite derramando em copo com café
Um simples copo de café com leite pode ser motivo para falar sobre uma variedade incrível de fenômenos.

Uma enorme variedade de substâncias dão origem ao sabor e aroma do café – vanilina, 2-metilpropanal, pirazinas, cafeína, metional, metanotiol,…

E a mistura do leite no café envolve difusão, convecção, movimento browniano, entropia…

Veja mais no vídeo abaixo.

Vídeo com legenda em português. Clique aqui e veja como ativar.

Temos que fazer uma ressalva, que usar desordem ou bagunça de um ambiente pode não ser a melhor forma de explicar ou definir a entropia. O mais indicado seria optar por comentar sobre espalhamento de energia.

Texto e legenda escritos por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ).