Categoria: Vídeos

Carbonato de cálcio – o gás carbônico capturado

cal viva reagindo
Peter Wothers mostra como as rochas calcárias contém uma grande quantidade de carbonato de cálcio (CaCO3).
Um bloco de calcário aquecido em um forno durante 24 horas fez com que parte do material liberasse gás carbônico (CO2) da estrutura, restando então óxido de cálcio (CaO) – também conhecido como cal viva.
Esses mesmos blocos foram então levados até uma área aberta para mostrar como a reação entre o óxido de cálcio e a água libera uma grande quantidade de calor. O resultado é a formação de hidróxido de cálcio (Ca(OH)2), que é um material muito usado em construções.
Vídeo com legenda em português. Ative usando o botão CC no vídeo.



A existência de grandes reservas de rocha calcária na Terra é uma lembrança de que enormes quantidade de gás carbônico atmosférico foram capturadas durante a história do nosso planeta.

Texto e legenda escritos por Luís Roberto Brudna Holzle – Professor Doutor na Universidade Federal do Pampa ( luisholzle@unipampa.edu.br )

Reação do cão que late. Em versão horizontal.

tubo horizontal com gas brilhando e cientista com roupa de proteção
Essa reação ganhou um nome um tanto estranho – reação do cão que late (barking dog reaction). Nada mais justo para uma reação feita em um longo tubo, que produz um som muito parecido com o latido de um cão – uma espécie de uush (ok, depende de como você acha que um cão late! :-)).

A reação é feita com dois gases, dissulfeto de carbono (CS2) e o óxido nitroso (N2O), cuidadosamente misturados em um longo tubo. Basta aproximar uma chama da boca do tubo para iniciar o processo; que prossegue cada vez mais rápido em direção do fundo do tubo.

Após testarem uma versão em câmera lenta, a equipe do Periodic Videos percebeu que poderia entender melhor o processo se fizesse uma versão com o tubo deitado na horizontal (com tubo aberto ou selado na ponta).

Veja o resultado desse experimento no vídeo abaixo.

As legendas em português podem ser vistas ativando o botão CC que aparecerá na parte inferior do vídeo (player do Youtube).

Texto e legenda escritos por Luís Roberto Brudna Holzle – Professor Doutor na Universidade Federal do Pampa ( luisholzle@unipampa.edu.br )

Elétrons solvatados

tubo de ensaio e garra
Dr Rob Stockman da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, mostra algo incomum na química, a existência de elétrons solvatados.

A demonstração do efeito foi realizada utilizando uma mistura de amônia líquida com sódio metálico.

A cor com tons metálicos é um indicativo de que o processo está ocorrendo como esperado. Como a química tem seus caprichos, o Dr Rob Stockman tem um pouco de trabalho para conseguir fazer com que a reação ocorra como planejado.

Vídeo com legendas em português. Para ativar as legendas clique no botão CC que aparece no vídeo.


Texto e legenda escritos por Luís Roberto Brudna Holzle – Professor Doutor na Universidade Federal do Pampa ( luisholzle@unipampa.edu.br )

Carne de galinha em ácido fluorídrico

professor e coxa de galinha
Após dissolver o vidro de uma lâmpada incandescente, a equipe do Periodic Videos testa agora o poder do ácido fluorídrico em um pedaço de coxa de galinha.

A demonstração foi feita com a comparação do que poderia acontecer com a coxa de galinha quando colocada em ácido fluorídrico, em ácido clorídrico e ácido sulfúrico. Esta foi uma escolha proposital para se verificar se o efeito é devido ao H+ presente em todos os ácidos ou ao flúor presente no ácido fluorídrico.

Mais uma vez Neil, o técnico do laboratório, precisou usar uma série de equipamentos de proteção para manipular este temido ácido.

Não vou estragar a surpresa contando os resultados, mas posso adiantar que a aparência da coxa de galinha não ficou nada apetitosa após a imersão em ácidos.

Veja o resultado no vídeo abaixo, que possui legendas em português. Ative as legendas no botão CC que aparece no vídeo.

E assista também as conclusões do experimento com a demonstração do processo de neutralização dos ácidos em meio alcalino.

E o tradicional bônus de uma citação ao Breaking Bad

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle.

Lâmpada em ácido fluorídrico

equipamento de proteção e alertas
O ácido fluorídrico (HF) é um dos ácidos mais temidos entre os químicos. Não propriamente pelo seu potencial de acidez, mas pela agressividade do flúor quando em contato com o corpo humano.
Uma pequena exposição pode até causar um ataque do coração. Além disso o ácido pode chegar ao osso e reagir com o cálcio. A dor é descrita como extrema e em um eventual acidente pode aparecer de 1 a até 24 horas após o contato.

Neil, o técnico de laboratório da Universidade de Nottingham, é a pessoa certa para demonstrar a potência desse ácido. Usando equipamentos de proteção e bem resguardado por um exaustor de vapores corrosivos, o técnico coloca uma lâmpada incandescente (ligada) dentro do ácido. A escolha da lâmpada é algo proposital, já que o HF consegue reagir com o vidro!

Veja o resultado do experimento no vídeo abaixo.
O vídeo possui legendas em português. Ative as legendas clicando no botão CC que aparece no vídeo.

Uma dúvida que pode surgir é que: “Se o ácido fluorídrico reage com vidro, como ele é guardado?!”. A resposta é simples. É possível guardar o ácido em um frasco plástico (polietileno*), pois o HF não ataca esse tipo de material.

Em breve mais vídeo sobre o HF!

Para os que lembraram da série Breaking Bad, indico o vídeo…

Mais?!
Tecido em ácido sulfúrico concentrado
Cheeseburger em ácido clorídrico

*Consulte um especialista e setor de segurança para verificar as especificações adequadas dos frascos para armazenamento do ácido fluorídrico.

Fedor da França… ou apenas mercaptanas

Martyn com jaleco vermelho explicando
Sir. Martyn Poliakoff conta que um pequeno vazamento ocorrido em uma unidade produtora de mercaptanas, em uma cidade francesa, causou pânico em moradores nas redondezas.
As mercaptanas, ou tióis (-SH) como os químicos preferem, são adicionadas ao gás de cozinha para dar cheiro forte ao produto. O gás de cozinha é naturalmente inodoro e vazamentos não seriam prontamente percebidos se não fossem adicionadas essas mercaptanas fedidas.
O ingleses, vizinhos da França, também sentiram o cheiro forte e os jornais britânicos aproveitaram para tirar um pouco de sarro ao comentar sobre o ‘fedor francês’.
O produto tem um cheiro tão forte que o Professor preferiu não abrir o pequeno frasco contendo 2-metil-propanotiol. Não faria diferença pois não conseguiríamos ter ideia do fedor pelo vídeo. 🙂
O exato motivo pelo qual os tióis tem esse cheiro tão forte ainda não é bem entendido. E Martyn comenta no vídeo sobre algumas das diferentes teorias existentes para este fato.

O vídeo possui legendas em português. Ative usando o botão CC que aparece ao iniciar o vídeo.


E ainda mais fedorento que os compostos contendo grupos -SH (tióis) temos as substâncias que contém telúrio em sua composição. Veja mais sobre isso no texto ‘Bafo de telúrio’.

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle.