Trióxido de cromo e um pequeno incidente

demonstração de reação
Martyn Poliakoff demonstra o que ocorre em uma reação de trióxido de cromo com etanol.

O trióxido de cromo tem uma cor avermelhada e ao final da reação redox o produto adquire uma coloração esverdeada.

Durante a reação o etanol é oxidado gerando o etanal (ou acetaldeído) e o cromo é reduzido de Cr(VI) para Cr(III).

reagente e produtos

Só que Martyn esqueceu de um pequeno detalhe! Veja no vídeo.

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Veja mais informações sobre o elemento cromo.

Química em implantes de silicone

Professor segura frasco com silicone
Professor Martyn Poliakoff, da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, comenta sobre o recente caso dos problemas ocorridos em implantes de silicone. [ Leia sobre o tema no jornal Folha de São Paulohttp://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1025123-temor-sobre-implante-de-silicone-frances-se-espalha-pelo-mundo.shtml ]

Após explicar detalhes sobre a estrutura e a química presente nos silicones, Martyn lembra que o principal problema ocorrido estava relacionado com a baixa pureza do produto utilizado pelas empresas envolvidas no caso.

Veja também no vídeo a grande diferença de viscosidade que existe entre os diferentes tipos de silicone.

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Cangurus e o metano

Professor martyn alimenta um canguru
O sistema digestivo de muitos ruminantes é um eficiente produtor de metano. Notícia nada boa quando lembramos que o metano é mais potente que o gás carbônico na geração do efeito estufa, e que a quantidade de cabeças de gado pode ultrapassar a marca de 1,3 bilhão em todo o mundo.

Como minimizar este problema?

O Prof. Martyn em sua visita à Austrália foi até o parque de vida selvagem em Adelaide, e lá comenta que existem pesquisas que tentam entender o processo de digestão que ocorre em algumas espécies de cangurus (wallabee), conhecidos pela baixa produção de metano.

O segredo pode estar nas bactérias que participam da digestão e neste caso a resposta estaria na possível adaptação das bactérias de wallabees para que conseguissem sobreviver no sistema digestivo de um bovino.

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Coleção de reações

reação energética
Brady Haran, do Periodic Videos, fez uma bela coleção de reações químicas que apareceram nos vídeos do projeto.

O vídeo não tem legendas, mas está em uma língua universal – a química!

Metano – Sem cheiro

Metano, o popularmente conhecido como ´gás dos pântanos´, não tem cheiro. É completamente inodoro. Esta informação se faz importante no momento em que vemos as manchetes – já um tanto infrequentes – da ocasião de interdição de um shopping em São Paulo e de preocupações em um condomínio construído em local próximo, por causa de um iminente problema devido à presença de altas quantidades de gás metano no local.

Todo este problema ocorrido no shopping iniciou quando naquele local foi depositada uma grande quantidade de lixo. E é a presença deste material em decomposição, escondido sobre uma oportuna camada de terra, que causa a geração do metano. O gás metano neste caso tem a sua origem na degradação anaeróbia (em escassez de oxigênio) que ocorre pela presença de microorganismos no material em decomposição.

A confusão sobre o odor do metano provavelmente origina-se no fato do gás ser resultado de apodrecimento ou de processos de digestão em ruminantes. Ou então pela associação com o gás de cozinha (que não contém metano), que também originalmente não teria um cheiro forte, e recebe a adição de substâncias odorizantes, da classe das mercaptanas, para que sirva de alerta em caso de vazamento.

Efeito estufa

O metano não é um perigo somente por ser explosivo – acima de uma certa concentração no ar – mas por ser mais um dos responsáveis pelo aumento do efeito estufa na atmosfera terrestre. Se comparado com o famoso vilão gás carbônico, o metano tem um potencial 25 vezes maior em causar este efeito estufa.

E para piorar, grandes quantidades de metano estão armazenadas em material orgânico presente em regiões geladas do planeta e também presas em uma mistura de gelo e metano, no que é conhecido como hidratos de metano, que ocorrem naturalmente em lodo marinho em algumas regiões do oceano. Um aumento da temperatura global poderia causar a liberação deste metano que causaria mais aquecimento e mais liberação do gás. Um círculo vicioso com resultados preocupantes.

metano e gelo queimando
Queima de hidrato de metano (Fonte: Serviço Geológico dos Estados Unidos)

As quantidades totais desses hidratos de metano em todas reservas terrestres ainda são motivo de debates entre os especialistas. Sendo de difícil uso para fins comerciais, por estar misturado em lodo, o assunto é mais uma das preocupações relacionadas ao aquecimento global.

A tentativa de queima do metano (CH4) para evitar que vá para a atmosfera só amenizaria em parte o problema, já que ao ser queimado o gás produziria gás carbônico (CO2) e água (H2O). E lá estaríamos nós rumando ao efeito estufa pela presença do gás carbônico.

CH4 + 2O2 → CO2 + 2H2O

Outras fontes

Dito anteriormente que o metano poderia ser gerado em digestão de ruminantes, reservo o assunto para uma próxima oportunidade, na qual poderemos conhecer um pouco mais sobre o arroto e a flatulência em herbívoros.

OBS: Este texto foi escrito por Luís Roberto Brudna Holzle, editor do ´Em Síntese´, e publicado no jornal Folha do Sul Gaúcho, dia 07 de dezembro de 2011. A reprodução foi gentilmente autorizada pela equipe do jornal.

Utensílios de Rutherford

Martyn Poliakoo segurando um amassador de batatas
Sempre é bom lembrar que todos nós fomos crianças um dia, inclusive os cientistas. Prof. Martyn Poliakoff comenta que normalmente lembramos dos cientistas como senhores em fotografias sérias, mas a história é bem mais complexa.

Um utensílio feito por Ernest Rutherford mostra uma faceta pouco vista na vida de cientistas famosos.

Com legendas em português. Para ativar clique no play e depois no botão CC.