Estudo de emissões de metano em grandes cidades

O metano é um potente gás de efeito estufa e pode ser liberado por fontes humanas e naturais. As grandes cidades emitem quantidades significativas de metano, mas em muitos casos as fontes exatas de emissão são desconhecidas. As principais fontes de emissões de metano nas cidades podem incluir sistemas de aquecimento, aterros, águas residuais e transporte rodoviário. Mapear e quantificar precisamente essas fontes para uma cidade específica pode ajudar a reduzir as emissões de metano.

Sara M. Defratyka, da Université Paris Saclay, Gif-sur-Yvette, França, e colegas realizaram medições móveis de metano e suas fontes, em toda Paris. Os pesquisadores realizaram pesquisas no nível da rua durante 17 dias em Paris de setembro de 2018 a março de 2019. A equipe usou instrumentos montados em carros usando espectroscopia por cavidade ressonante tipo ring-down (cavity ring-down spectroscopy, CRDS), com entradas de ar situadas no teto do carro e em equipamentos portáteis para medições em caminhadas para detectar metano e suas prováveis ​​fontes com base na composição isotópica do metano. A equipe cobriu 30% de toda a malha rodoviária de Paris.

Um total de 90 vazamentos potenciais de metano foram detectados em Paris. 63% desses vazamentos vieram de redes de distribuição de gás natural, 33% de redes de esgoto e 4% de fornos de aquecimento de edifícios. Com base em suas descobertas, os pesquisadores estimam que a taxa total de emissão de metano em Paris é de pelo menos 190 toneladas por ano. O número real é provavelmente mais alto porque o método não relata fontes móveis de metano do transporte rodoviário, como os ônibus que usam gás natural ou biogás como combustível. As descobertas da equipe sugerem que a rede de distribuição de gás natural, o sistema de esgoto e os fornos podem ser alvos promissores para os esforços de redução do metano.

Mapping Urban Methane Sources in Paris, France,
Sara M. Defratyka, Jean-Daniel Paris, Camille Yver-Kwok, Julianne M. Fernandez, Piotr Korben, Philippe Bousquet,
Environ. Sci. Technol. 2021.
https://doi.org/10.1021/acs.est.1c00859

Texto traduzido por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisholzle@unipampa.edu.br ). A tradução do original ‘Methane Emissions in Large Cities Studied’ foi gentilmente autorizada pelos detentores dos direitos (Wiley-VCH GmbH – ChemistryViews.org).

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Autor: ChemistryViews.org
Publicado: 25 junho 2021
Copyright: Wiley-VCH GmbH
Fonte/ Editor: Environmental Science & Technology/ACS Publications
Associated Societies: American Chemical Society (ACS), USA


Dica de leitura:

Explosão do metano em câmera lenta

Metano – sem cheiro

Síntese do ácido cinâmico

Desta vez o canal NileRed demonstra como realizar a síntese do ácido cinâmico – uma substância bastante utilizada como aromatizante e na indústria farmacêutica.

Mais especificamente, o método demonstrado é focado na obtenção da forma trans do ácido cinâmico.

Os reagentes utilizados:
– 50mL de piridina
– 25 g de ácido malônico
– 10 mL de benzaldeído
– 2 g de (beta)-alanina
– 150 mL de ácido clorídrico 6M

A vidraria, detalhes do procedimento e reações envolvidas podem ser vistos no vídeo abaixo. O rendimento dito foi em torno de 87%.

Vídeo com legenda em português.

Não realize estes experimentos em local sem os equipamentos de segurança adequados. Tenha cuidado!


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Atropina, veratridina e ácido fórmico

https://www.instagram.com/p/CMnMAH5LYl9/

Já que falamos tanto de venenos e armas químicas, seria bom também ter alguma forma de tratamento para essas agressões. Uma dessas substâncias é a atropina – usada em alguns casos de envenenamento por pesticidas ou agentes nervosos. Sendo que a estratégia do tratamento vai depender da substância intoxicante, da severidade do caso e do tempo disponível para agir.
Na natureza a atropina pode ser encontrada em plantas popularmente conhecidas, como por exemplo, na mandrágora, beladona ou trombeteira; que são bastante tóxicas. Então a diferença entre uma substância ser um veneno ou um medicamento quase sempre está na dose.


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A veratridina (ou veratrina) é uma substância tóxica que pode ser encontrada nas plantas do gênero Veratrum.
A literatura científica relata envenenamentos por causa da veratridina presente nestas plantas. Antigamente os casos eram mais comuns, pelo uso de extratos de Veratrum na formulação de pesticidas e em medicamentos para tratamento de hipertensão.
Recentemente o descuido de um um casal de excursionistas resultou na ingestão por engano do bulbo da planta Veratrum parviflorum; pensando que era a espécie Allium tricoccum. Por sorte a ingestão não foi fatal. 


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Desde a antiguidade já se sabia que alguns ninhos de formiga exalavam um odor ácido. E em 1671, o naturalista inglês John Ray, conseguiu obter o ácido fórmico por meio de uma destilação de um grande número de formigas. O nome da substância tem origem no latim, formica, que significa formiga.
Se você colocar uma flor de chicória perto de um ninho de formigas, que atacam inimigos com ácido fórmico, verá que as pétalas mudam de cor por causa da acidez, passando do azul para o vermelho.
Algumas espécies de pássaros irritam formigas para que o ácido fórmico produzido ajude a eliminar parasitas nas penas. 

Para ver mais siga nosso Instagram em https://www.instagram.com/ligacaoquimica/

luisholzle@unipampa.edu.br. Química (Licenciatura) – Universidade Federal do Pampa.

Gossipol, bedaquilina e imidacloprida

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O gossipol é uma substância que aparece naturalmente na semente do algodão. A planta produz como uma forma de defesa contra insetos. É tóxico para humanos e nos homens causa a diminuição da contagem de espermatozoides. Chegando até a ser pesquisada como um possível contraceptivo masculino. Com o revés de ser um método que pode causar esterilidade permanente.
Pesquisadores estão perto de desenvolver uma variedade de algodão que não tenha gossipol; permitindo que esta seja usada na alimentação de animais e na fabricação de óleo que não necessite de elaborados processos de refino.


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A bedaquilina é um dos desenvolvimentos mais recentes no tratamento da tuberculose. Sendo reservado especialmente para casos da doença que são resistentes a outros tipos de terapia.
O medicamento deve ser utilizado com cuidado, principalmente por afetar o coração e fígado – demandando acompanhamento cuidadoso do paciente. O uso da bedaquilina foi aprovado nos EUA em 2012 pelo FDA e no Brasil pela Anvisa em fevereiro de 2019.
A organização ‘Médicos sem fronteiras’ apoia uma luta de contestação da patente da bedaquilina na Índia. Em uma tentativa de ampliar o acesso ao medicamento. 


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A imidacloprida é um inseticida que faz parte de um grupo de compostos batizados de neonicotinóides. Essa denominação se deve a uma semelhança com a nicotina. Os neonicotinóides foram desenvolvidos no início da década de 90 para se buscar a função inseticida da nicotina, com menores níveis de toxicidade para os mamíferos. Mas, temos um problema! A imidacloprida é extremamente tóxica para as abelhas. Recentemente a União Europeia decidiu pelo banimento do uso de alguns neocotinóides, incluindo a imidacloprida. Com a infeliz inclusão de vários pedidos de ‘uso emergencial’.

luisholzle@unipampa.edu.br. Química (Licenciatura) – Universidade Federal do Pampa.

Alicina, benzaldeído e propofol

Fonte: https://www.instagram.com/p/CB6Boprj5CJ/

Você já percebeu que o característico cheiro forte do alho só aparece quando os dentes são cortados?
Isso ocorre porque a alicina, responsável pelo forte aroma, só é gerada quando algo fere a planta, causando a mistura e reação entre a aliina e a aliinase.
Uma curiosidade é que quando o dirigível Hindenburg foi enchido com gás hidrogênio, também usaram alhos esmagados para alertar a equipe de possíveis vazamentos do gás inflamável. Infelizmente a estratégia não teve sucesso, e uma faísca causou a explosão do dirigível em 6 de maio de 1937 – resultando na morte de 36 pessoas. 


Fonte: https://www.instagram.com/p/CK1TaEYL48T/

Benzaldeído no óleo de amêndoas amargas, cerejas marrasquino e no aroma do café! Atualmente o composto é sintetizado artificialmente e utilizado na indústria de alimentos – em bolos e biscoitos – como uma forma de imitar o aroma de amêndoas.
Uma pequena quantidade de benzaldeído também aparece no hálito humano. Sendo isto objeto de estudos como uma possível forma de detectar a presença de pessoas presas em desabamentos.
As abelhas tem aversão ao benzaldeído. Isso é utilizado por alguns apicultores como repelente temporário para facilitar o manejo das colméias.


Fonte: https://www.instagram.com/p/CKo9u5irRy-/

O propofol é um medicamento principalmente utilizado em procedimentos que demandam anestesia. A escolha ocorre por agir rapidamente e causar poucos efeitos colaterias – quando comparado com as alternativas. Por ser insolúvel em água o propofol é fabricado como uma emulsão oleosa em água, resultando na aparência de um líquido leitoso. A sua aparência e tendência em dificultar a lembrança de eventos durante a sedação, fizeram com que fosse apelidado de ‘Leite de Amnésia’.

Infelizmente o propofol foi provavelmente o responsável por uma overdose que resultou na morte do Michael Jackson, em 2009. 

luisholzle@unipampa.edu.br. Química (Licenciatura) – Universidade Federal do Pampa.

Três formas de fazer cloreto de cobre

Reação entre sulfato de cobre e ácido clorídrico

O primeiro método apresentado pelo NurdRage é uma simples adição de cobre ao ácido clorídrico – com borbulhamento constante de ar na solução. O procedimento é o mais lento de todos. Para aumentar a velocidade o outro método realizado com a adição de peróxido de hidrogênio (água oxigenada 3 a 6%).

O terceiro método é o mais rápido, mas resulta na presença de sulfato no processo. O cloreto de cobre é obtido na reação entre o sulfato de cobre e o ácido clorídrico.

Para mais detalhes sobre as quantidades, concentrações e procedimentos assista o vídeo abaixo.

Vídeo COM legendas em português. Ative a exibição da legenda pelo YouTube.

Este tipo de experimento somente deve ser realizado por pessoas com conhecimento das técnicas e dos procedimentos de segurança necessários. Não faça isto em casa.

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