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Criando uma bola de fogo

cientista protegido para realizar experimento
Este é um daqueles experimentos que é melhor ver apenas em vídeo. A demonstração existe justamente para que você não precise repetir – e para que tenha muito cuidado na cozinha!

A equipe do canal “The Royal Institution” mostra como uma pequena quantidade de água pode causar uma grande bola de fogo se deixada cair em um recipiente cheio de óleo (azeite) quente.

Isso acontece porque o óleo consegue ficar em uma temperatura bem mais alta do que a temperatura de ebulição da água (em 100 °C). Então uma pequena quantidade de água gera rapidamente uma grande quantidade de vapor e espalha gotículas de óleo por todo lado. Essas pequenas gotículas de óleo quente queimam facilmente quando encontram uma chama.

Em caso de incêndio em óleo quente a melhor forma de apagar é tentar abafar usando a tampa da panela por exemplo.

Vídeo com legenda em português. Veja como ativar a exibição da legenda, clique aqui.

Para reavivar a sua memória… o telefone dos bombeiros é o 193.

Texto e legenda escritos por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle (luisbrudna@gmail.com).

Extração do ácido cítrico de limões

frascos de reagentes e pilha de limões
No vídeo abaixo, do canal NileRed, é possível ver o processo de extração do ácido cítrico de aproximadamente 450 mL de suco de limão.

estrutura química do ácido cítrico

O ácido cítrico tem aplicação na indústria alimentícia para dar sabor ácido aos alimentos e no controle do pH, também pode ser usado como agente quelante, e além disso encontra espaço na fabricação de medicamentos.

No vídeo é possível ver os reagentes utilizados, as reações que ocorrem, a rota de extração, e a purificação do ácido cítrico presente no suco de limões. E pelos cálculos foi possível obter um rendimento de aproximadamente 83% – um bom valor se considerarmos a simplicidade do procedimento.

Vídeo com legenda em português. Veja como ativar a exibição.

O NileRed alerta que o ácido cítrico industrial normalmente não é produzido por extração de frutas cítricas, e que um método mais eficiente é pelo uso de fungos (por exemplo, Aspergillus niger).

O ácido cítrico não deve ser confundido com o ácido ascórbico (vitamina C); são duas substâncias diferentes.

Texto e legenda escritos por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ).

A vodka e a química

professor martyn com garrafas de vodka em volta
O desafio para falar sobre a relação da Vodka com a química é fácil! Pelo menos é o que acha o Professor Sir Martyn Poliakoff.

Martyn conta que em algumas partes da Rússia Dmitri Mendeleiev é mais famoso pelo seu envolvimento na padronização da quantidade de álcool na vodka do que pela ‘paternidade’ da tabela periódica.

A vodka também fez parte de um estudo publicado por Sasha Novitskiy, um dos integrantes da equipe de pesquisa de Martyn, que demonstrou as semelhanças entre o comportamento físico-químico da vodka quando comparado com misturas de álcool e água.

Vídeo com legendas em português. Ative as legendas pelo botão CC que aparecerá no vídeo

Veja também
– Química do gin e tônica

Texto e legenda escritos por Luís Roberto Brudna Holzle – Professor Doutor na Universidade Federal do Pampa ( luisholzle@unipampa.edu.br )

E beba com moderação.

Lata de refrigerante em nitrogênio líquido

coca cola em nitrogênio líquido
Bolsistas e novatos no trabalho em um laboratório de pesquisa científica tem o péssimo hábito de achar uma ‘boa ideia’ o uso de nitrogênio líquido para tentar gelar uma lata com refrigerante ou cerveja.

O nitrogênio líquido está em uma temperatura normalmente abaixo de -196°C! E os jênios acham que isso seria uma boa forma de gelar rapidamente uma lata de refrigerante. Não é!

O nitrogênio causará um resfriamento muito rápido da água presente no líquido dentro da lata, resultando em uma expansão do gelo e consequente rompimento do alumínio da lata. O efeito pode ser tão forte a ponto de explodir e danificar o frasco que contém o nitrogênio líquido. Prejuízo na certa.

A equipe do Periodic Videos demonstrou o que acontece com latas de Coca Cola e uma garrafa PET de Pepsi. O Professor Sir Martyn Poliakoff também explica também sobre o CO2 sólido e as peculiares propriedades do gelo quando resfriados em nitrogênio.

E uma curiosidade! O Professor Sir Martyn Poliakoff diz que NUNCA experimentou Coca Cola ou Pepsi! Deve ser uma raridade. Mas posso garantir que o Professor Martyn já experimentou guaraná! Eu sei disso porque ofereci um pouco de guaraná quando ele veio visitar o Brasil em 2011. Ele não gostou e disse que era muito doce! 🙂

O vídeo possui legendas em português. Ative pelo botão CC que aparecerá no vídeo.


Veja também
– Por que o gelo racha na água?
– Latas de alumínio em ácido e base

Texto e legenda escritos por Luís Roberto Brudna Holzle – Professor Doutor na Universidade Federal do Pampa ( luisholzle@unipampa.edu.br )

De sabugo de milho a furfural

espigas de milho amarelas
O cheiro de uma colheita de milho lembra muito o odor do furfural. Algumas fontes descrevem como sendo um odor característico de amêndoas – o que não consigo confirmar por não conhecer o cheiro de amêndoas. Durante os processos laboratoriais envolvendo o furfural é possível também sentir um cheiro de milho queimado; e suspeito que isso tenha relação com a síntese de alguma outra substância semelhante ao furfural – talvez alguma oxidação.

Apesar de uma origem aparentemente inofensiva, o furfural apresenta uma certa toxicidade e algumas fontes indicam que a exposição crônica na pele pode aumentar a suscetibilidade à queimaduras por Sol (sem informar o motivo disto).

A síntese do furfural pode ser feita de maneira simples em um laboratório. Bastando usar sabugo seco de milho, ácido sulfúrico e sal (NaCl) (veja os detalhes em http://www.orgsyn.org/demo.aspx?prep=cv1p0280 ).

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Imagem em licença Creative Commons (by-nc 2.0), via Emily.

Caipirinha – Química perfeita

Professor em uma mesa
Em mais um vídeo de sua visita ao Brasil, o Professor Martyn explica sobre a química presente em uma caipirinha.

Veja também como os europeus conseguem identificar a diferença entre açúcar produzido com cana de açúcar do obtido da beterraba sacarina.

Vídeo com legendas em português. Para ativar basta clicar em play e depois no botão CC.

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