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Alto-falantes com nanotubos

bandeira agitada pelo som
Pesquisadores da UNiversidade de Tsinghua, da China, observaram que filmes muito finos de nanotubos de carbono poderiam emitir sons se alimentados por frequências elétricas.

O pequena capacidade térmica por unidade de área filmes finos de nanotubos de carbono conduz a uma vasta gama de resposta de frequência e em um elevado nível de pressão sonora.


É… a música é a aquela ´Numa numa…”. 🙂

Flexible, Stretchable, Transparent Carbon Nanotube Thin Film Loudspeakers
https://dx.doi.org/10.1021/nl802750z

Via Carbon-based curiosities

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Química da origem da vida

simulação computacional de moléculas
A química tem muito a contribuir para a elucidação de processos de surgimento da vida.
Um dos aspectos importantes nesta jornada é o entendimento de mecanismos de replicação de moléculas. Um processo evolutivo tem, simplificadamente, um ´algoritmo´ que se baseia em hereditariedade – variação – seleção. No campo da hereditariedade entra a replicação e, obviamente, as reações químicas envolvidas nos processos de replicação (cópia) da sequência que representa essa hereditariedade.

Entretando, avançando na complexidade, já existem estudos que, com sucesso,  conseguem entender a dinâmica do funcionamento da membrana de uma protocélula. Em um artigo publicado em setembro na Proceedings of the National Academy of Sciences, os pesquisadores Sheref S. Mansy e
Jack W. Szostak demonstraram a termoestabilidade de um modelo de uma membrana de protocélula.

Muitos pesquisadores na área de protocélulas concordam que o sistema deve conter no mínimo três componentes: um recipiente, um modo de coletar energia e um transportador de informação como o RNA ou outro ácido nucléico. E é na estrutura do recipiente que o trabalho de Szostak encontra seu principal avanço.

Pelo vídeo é possível perceber a agregação de ácidos graxos para a formação de uma estrutura com crescente complexidade.


Thermostability of model protocell membranes

Sheref S. Mansy e Jack W. Szostak
https://dx.doi.org/10.1073/pnas.0805086105

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Naftaleno no espaço


Naftaleno é o principal componente da naftalina, um hidrocarboneto aromático cuja molécula é composta de dois anéis benzênicos condensados.

Esta semana um time de cientistas liderado por pesquisadores do Instituto Astrofísica de Canarias (IAC) conseguiu identificar naftaleno no meio interestelar. A detecção desta molécula sugere que um grande número de componentes chave na química prebiótica terrestre estavam presentes na materia interestelar da qual o Sistema Solar foi formado. Os pesquisadores Susana Iglesias Groth, Arturo Manchado e Aníbal García , em colaboração com Jonay González (Paris Observatory)  e David Lambert (University of Texas), publicaram esta descoberta no Astrophysical Journal Letters.

O naftaleno foi descoberto em uma região de formação de estrelas na constelação de Perseus, na direção da estrela Cernis 52. “Nós detectamos a presença do cátion naftaleno em uma nuvem de matéria interestelar localizada a 700 anos-luz da Terra”, disse o pesquisador do IAC Susana Iglesias Groth. A banda espectral encontrada nesta constelação coincide com as medidas laboratoriais deste cátion.

Iglesias Groth ainda diz, “nós planejamos investigar se outros hidrocarbonetos mais complexos existem na mesma região, incluindo aminoácidos.”. Quando submetido a rediação ultravioleta e combinado com água e amônia, ambos muito abundantes no meio interestelar, o naftaleno reage e é capaz de produzir uma grande variedade de aminoácidos e naftoquinonas, moléculas precursoras para as vitaminas.

Todas estas moléculas tem papel fundamental no desenvolvimento da vida, como conhecemos, na Terra. De fato, o naftaleno já é encontrado em meteoritos que continuamente caem na superfície da Terra, e isot seria ainda mais frequente na epoca que precedia o aparecimento de vida.

O trabalho destes pesquisadores também propicia o melhor entendimento de um dos problemas mais intrigantes na espectroscopia de meios interestelares. Nos últimos 80 anos, se conhece a existência de centenas de bandas espectroscópicas (então chamadas de bandas difusas) associadas à matéria interestelas, mas a identificação do agente causador permanecia um mistério.

Evidence for the Naphthalene Cation in a Region of the Interstellar Medium with Anomalous Microwave Emission
S. Iglesias-Groth, A. Manchado, D. A. García-Hernández, J. I. González Hernández, and D. L. Lambert
The Astrophysical Journal Letters
2008 September 20, Vol. 685, No. 1: pp. L55-L58
https://dx.doi.org/10.1086/592349

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Tabela periódica em parede falsa

apenas ilustrativa
Nos EUA uma antiga tabela periódica foi descoberta atrás de uma parede falsa.
O Dr. Arthur Greenberg, professor de química na University of New Hampshire, ficou com a interessante tarefa de tentar descobrir de qual época era a tabela periódica.
Após alguma investigação ficou claro que a tabela deveria ser de uma época entre 1931 e 1940. Essa identificação foi possível pela presença dos elementos químicos “virginium” e “alabamine“, que foram descritos em 1931 e depois tiveram seu nomes modificados para Frâncio e Astato, respectivamente, em 1940.
O pedido do nome Alabamine foi feito pelo Alabama Polytechnic Institute, alegando o pioneirismo na descoberta do elemento. [ Evidence of the Detection of Element 85 in Certain Substances – Phys. Rev. 37, 1178 – 1180 (1931) – DOI: 10.1103/PhysRev.37.1178 ]

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Termodinâmica das brisas

mapa simples
A Segunda Lei da Termodinâmica aparece claramente em um interessante artigo sobre meteorologia publicado recentemente na Revista Brasileira de Meteorologia.
Os autores, Clênia Rodrigues Alcântara e Enio Pereira de Souza, tinham como objetivo entender a teoria termodinâmica em brisas marítimas-terrestres acopladas com brisas de vale-montanha por meio de simulações em uma região da costa leste do Nordeste Brasileiro, considerando a presença e ausência de topografia.

Uma teoria termodinâmica para brisas: teste utilizando simulações numéricas (DOI:10.1590/S0102-77862008000100001)

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Luz verde! É química.

experimento em frasco de vidro
O vídeo abaixo foi produzido para demonstrar o fotocromismo observado nos estudos que resultaram em um artigo publicado na revista Organic Letters.
De autoria dos pesquisadores japoneses,  Kana Fujita,  Sayaka Hatano,  Daisuke Kato e  Jiro Abe, o artigo entitulado ´Photochromism of a Radical Diffusion-Inhibited Hexaarylbiimidazole Derivative with Intense Coloration and Fast Decoloration Performance (DOI: 10.1021/ol801135g)´, demostra a rápida interconversão de um derivado de hexaarilbiimodazol.
A molécula muda rapidamente de incolor para verde quando uma luz ultravioleta é incidida sobre o líquido.

[Atualização outubro 2017: infelizmente o vídeo não está mais no YouTube]

Esse tipo de material pode ser utilizado em lentes que mudam de coloração com a incidência de luz.

Via TheScepticalChymist

luisholzle@unipampa.edu.br. Química (Licenciatura) – Universidade Federal do Pampa.