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Espetáculo de fogo: Descobrindo a reação de termita

O vídeo “Flaming Pumpkins”, produzido pelo Ri Channel (The Royal Institution), apresenta uma experiência científica inspirada no Halloween.

Também destaca que a termite exige uma temperatura altíssima para iniciar sua combustão, razão pela qual utiliza uma fita de magnésio acesa com maçarico na abertura da abóbora superior. Em seguida, ocorre uma chuva intensa de faíscas e chamas, liberando calor em torno de 2000°C, suficiente para fundir o ferro produzido. O metal incandescente escoa pela “boca” da abóbora de cima, caindo sobre a de baixo.

O apresentador explica que o alumínio reage com o óxido de ferro, gerando óxido de alumínio e ferro metálico, liberando grande quantidade de energia. Para comprovar a formação de ferro, utiliza um ímã, mostrando que os fragmentos resultantes são realmente magnéticos.

A demonstração não para por aí: dentro da abóbora inferior, há algodão-pólvora (nitrocelulose). Assim que o ferro incandescente entra em contato com esse composto, ocorre ignição imediata, resultando em uma grande bola de fogo que irrompe da abóbora. As imagens em câmera lenta enfatizam cada detalhe das faíscas, chamas e do metal derretido.

Com esse espetáculo de luz e calor, o vídeo combina princípios de química à atmosfera do Halloween, tornando o aprendizado envolvente e divertido. Ao final, o apresentador deseja um Feliz Halloween, encerrando o experimento de forma festiva e educativa.

Vídeo com legenda em português. Ative a exibição das legendas pelo YouTube.

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Legenda do vídeo escrita por Luís Roberto Brudna Holzle – Professor Doutor na Universidade Federal do Pampa ( luisholzle@unipampa.edu.br ). Texto revisado com ajuda de IA.

Extração de cloridrato de guanidina a partir de produtos cosméticos

No campo da química experimental, nem sempre as rotas tradicionais levam ao sucesso imediato. O canal NurdRage, conhecido por seus vídeos educativos e bem fundamentados, apresenta um excelente exemplo dessa realidade ao abordar a extração de Cloridrato de Guanidina — também conhecido como Cloreto de Guanidínio — a partir de uma fonte pouco convencional: um relaxante capilar classificado como “sem soda cáustica” (ou no-lye hair relaxer).

Motivado pela necessidade de obter Guanidina como precursor na síntese da Pirimetamina — um fármaco de importância médica —, o apresentador relata que sua tentativa anterior de sintetizar a substância falhou. Diante disso, recorreu a uma solução criativa: explorar a composição de produtos comerciais que pudessem conter compostos à base de Guanidina.

O processo descrito no vídeo inicia-se com a identificação do chamado “Ativador Líquido” presente no kit cosmético. Esse componente contém Carbonato de Guanidina dissolvido, o qual pode ser isolado por meio de um processo relativamente simples. Ao adicionar acetona — solvente encontrado em removedores de esmalte — à solução, ocorre a precipitação do Carbonato de Guanidina, formando um sólido branco facilmente separado por filtração.

Em seguida, o sólido obtido é dissolvido em ácido clorídrico. Essa etapa transforma o Carbonato de Guanidina em Cloridrato de Guanidina, liberando dióxido de carbono como subproduto. Após nova filtração para remover impurezas insolúveis, realiza-se uma destilação a vácuo, com o objetivo de eliminar a água residual e o excesso de ácido, resultando na obtenção do Cloridrato de Guanidina em forma sólida e seca.

Ao final do processo, o NurdRage consegue isolar cerca de 15 gramas do composto desejado. Apesar do sucesso, ele ressalta que o método é economicamente inviável para produção em maior escala, servindo mais como um recurso emergencial ou demonstração experimental. Ainda assim, o procedimento lhe proporciona o último precursor necessário para prosseguir com sua série dedicada à síntese da Pirimetamina.

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Legenda do vídeo escrita por Luís Roberto Brudna Holzle – Professor Doutor na Universidade Federal do Pampa ( luisholzle@unipampa.edu.br ). Texto revisado com ajuda de IA.

Bastão de luz pulsante: Um experimento químico incrível em vídeo

Em um dos vídeos mais intrigantes do canal NurdRage, é demonstrada a realização de uma reação quimioluminescente oscilante — um fenômeno raro e visualmente impressionante, popularmente conhecido como “bastão de luz pulsante”. Trata-se de uma reação química que, em vez de produzir um brilho constante, emite pulsos regulares de luz azul, como se a própria solução respirasse em flashes luminosos.

A preparação requer precisão e atenção rigorosa à segurança. Inicialmente, dissolve-se o sulfato de cobre penta-hidratado em água, formando uma solução separada. Em um recipiente maior, combinam-se tiocianato de potássio, hidróxido de sódio (substância fortemente corrosiva) e luminol, também dissolvidos em água. Em seguida, as duas soluções são misturadas, ajustando-se o volume total para aproximadamente um litro com água destilada.

Opcionalmente, pode-se aquecer a mistura a cerca de 50 °C. Essa etapa não é essencial, mas intensifica o fenômeno: os pulsos se tornam mais rápidos e mais intensos, oferecendo um espetáculo ainda mais marcante.

O momento crucial ocorre com a adição cuidadosa de peróxido de hidrogênio a 30% — outro composto corrosivo que exige o uso de luvas de proteção. Quando as luzes do ambiente são apagadas, a solução exibe inicialmente um brilho azul fraco. Após alguns instantes, inicia-se uma sequência hipnotizante de pulsos de luz azul brilhante, que surgem, desaparecem e se repetem em ciclos. Segundo o vídeo, esses pulsos ocorrem naturalmente com um intervalo de cerca de 30 segundos, embora essa periodicidade tenha sido acelerada na edição para fins demonstrativos.

A reação prossegue com seus ciclos luminosos até que os reagentes se esgotem. Trata-se de um exemplo impressionante de como a química, além de ser uma ciência exata e rigorosa, pode também nos oferecer experiências estéticas e sensoriais únicas — uma verdadeira dança de luz e moléculas em movimento.

Vale destacar que o vídeo inclui advertências sobre a manipulação de substâncias perigosas, como o peróxido de hidrogênio concentrado e o hidróxido de sódio, ambos altamente corrosivos. O uso de equipamentos de proteção individual, especialmente luvas resistentes a produtos químicos, é indispensável para a realização segura do experimento.

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Legenda do vídeo escrita por Luís Roberto Brudna Holzle – Professor Doutor na Universidade Federal do Pampa ( luisholzle@unipampa.edu.br ). Texto revisado com ajuda de IA.

Vídeo mostra fluido paramagnético transparente em ação

Em uma demonstração envolvente e didática, o canal NurdRage apresenta uma alternativa surpreendente aos tradicionais ferrofluidos: um fluido paramagnético transparente. Embora menos potente do ponto de vista magnético, esse fluido possui uma característica singular que o destaca — a transparência —, permitindo não apenas uma nova abordagem visual, mas também aplicações didáticas e estéticas mais amplas.

O vídeo inicia com uma explicação clara sobre a natureza dos materiais paramagnéticos, que, diferentemente dos ferromagnéticos, são apenas levemente atraídos por campos magnéticos. Entre os compostos explorados, destaca-se o nitrato de manganês, um sal solúvel em água e mais acessível que o nitrato de disprósio, também citado como alternativa. Ambos são paramagnéticos e, portanto, adequados para a produção do fluido.

A preparação envolve a dissolução do nitrato de manganês em água, resultando em uma solução paramagnética. Para tornar esse fluido visualmente interessante e funcional, a solução é cuidadosamente diluída e inserida como uma gota isolada dentro de um líquido transparente e imiscível — o diclorometano. Essa técnica permite suspender a gota no interior do líquido, criando um sistema onde o movimento do fluido pode ser facilmente observado.

A manipulação magnética é um dos pontos altos da demonstração. Apesar da força magnética relativamente fraca do fluido, um ímã é capaz de atrair e movimentar a gota no interior do diclorometano, revelando de forma clara a interação entre o campo magnético e o material paramagnético dissolvido.

Para ampliar ainda mais o apelo visual e didático da experiência, o fluido é tingido com tinta de marca-texto fluorescente. Dessa forma, sob luz ultravioleta, a gota adquire uma coloração brilhante e vibrante, destacando-se no meio transparente e mantendo suas propriedades paramagnéticas.

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Transformações do CO₂: Do gelo seco ao estado supercrítico

Você já imaginou ver o dióxido de carbono – aquele mesmo gás que exalamos ao respirar – se transformar em líquido e até em um estado supercrítico, onde ele não é bem líquido nem gás? Pois é exatamente isso que um experimento incrível de química mostra, revelando o comportamento fascinante do CO₂ sob condições extremas.

Tudo começa com o gelo seco, que é CO₂ em estado sólido. Ele é triturado e cuidadosamente colocado dentro de um tubo de vidro borossilicato de paredes espessas – um material resistente, usado justamente para suportar altas pressões. Para evitar que o CO₂ sublime (ou seja, passe direto do estado sólido para o gasoso) muito rapidamente, o tubo é resfriado ainda mais com mais gelo seco.

Depois, vem uma etapa delicada: a extremidade aberta do tubo é aquecida com um maçarico e selada. Agora, o CO₂ está completamente preso lá dentro. À medida que o tubo volta à temperatura ambiente, o gelo seco começa a sublimar. O gás formado não tem para onde escapar, e a pressão dentro do tubo sobe rapidamente – ultrapassando impressionantes 1000 psi, ou mais de 70 vezes a pressão atmosférica!

Essa pressão toda faz com que o CO₂, mesmo sendo um gás à temperatura ambiente, se transforme em líquido. Dá pra ver esse CO₂ líquido se formando no interior do tubo. Mas não para por aí: quando o tubo é colocado em água morna e a temperatura ultrapassa 31°C, o CO₂ entra em um estado ainda mais exótico – o fluido supercrítico. Nesse ponto, ele não se comporta mais como um líquido nem como um gás, e as fronteiras entre os dois estados simplesmente desaparecem.

Ao retirar o tubo da água e deixá-lo esfriar, o CO₂ supercrítico se transforma novamente em líquido, fechando esse ciclo espetacular de mudanças de fase.

É importante destacar que, por se tratar de um experimento com altíssima pressão, todo o processo é feito com extremo cuidado e equipamentos de segurança: óculos, luvas espessas e um ambiente controlado. A beleza da ciência, neste caso, caminha lado a lado com o respeito pelos riscos envolvidos. Não repita o experimento.

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Legenda do vídeo escrita por Luís Roberto Brudna Holzle – Professor Doutor na Universidade Federal do Pampa ( luisholzle@unipampa.edu.br ). Texto revisado com ajuda de IA.

A química por trás das notas de 5 libras

No vídeo, o carismático professor Martyn Poliakoff apresenta as novas cédulas de 5 libras esterlinas, feitas de plástico. O Banco da Inglaterra afirma que elas são altamente resistentes — mas será que isso é mesmo verdade? Poliakoff, com seu olhar científico, decide testar essa promessa de um jeito nada convencional.

Primeiro, a nota é mergulhada em nitrogênio líquido, que a deixa extremamente frágil. Seu colega, Neil, usa um martelo para quebrá-la — e consegue. Ou seja, sob frio extremo, o plástico também pode se partir.

Mas Neil vai além. Ele realiza um teste químico usando ácido nítrico fumegante, altamente corrosivo. Eles colocam, em frascos separados, uma nota plástica nova e uma de papel antiga.

O resultado é curioso. A nota plástica perde rapidamente a tinta. Depois de lavada, sobra apenas uma folha transparente de polipropileno — o material-base. Já a nota de papel reage de forma diferente: a tinta se mantém, mas o ácido transforma a celulose, deixando a nota mais pesada.

Depois, vem a prova com fogo. A nota comum queima devagar. A nitrada, porém, pega fogo num clarão e desaparece — como papel flash, usado por mágicos.

No fim, os cientistas explicam que os testes foram feitos por curiosidade e que doaram o valor das notas destruídas para a caridade.

O experimento vai além da comparação entre papel e plástico: mostra como a ciência revela o inesperado no que parece comum.

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Queimando dinheiro (ou quase)

Legenda do vídeo escrita por Luís Roberto Brudna Holzle – Professor Doutor na Universidade Federal do Pampa ( luisholzle@unipampa.edu.br ). Texto revisado com ajuda de IA.