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Dissolvendo casca de ovo com gás carbônico

pedaço de gelo seco em tubo de metal
Atenção – Este experimento é EXTREMAMENTE PERIGOSO.

O gás carbônico (CO2) se dissolve em água e gera uma pequena quantidade de ácido carbônico (H2CO3) – o que leva uma acidificação da água. É importante lembrar que mesmo a água muito pura terá um pH abaixo da neutralidade (pH 7) se deixada em um recipiente aberto – por causa do CO2 do ar que se dissolve aumentando a acidez (diminui o pH).

Cody Reeder resolveu testar o efeito de CO2 pressurizado sobre a água que continha um ovo. A ideia é que o gelo seco (gás carbônico sólido) passe para a água aumentando a acidez e assim dissolvendo o carbonato de cálcio, que é boa parte da composição da casca do ovo.

Para demonstrar que o carbonato de cálcio realmente se dissolveu o Cody fez uma evaporação da água, obtendo novamente o carbonato de cálcio precipitado.

Vídeo com legenda em português!

 

Este experimento é EXTREMAMENTE PERIGOSO. Não tente repetir. O gelo seco causará um grande aumento de pressão ao passar para a fase gasosa. O perigo de explosão é muito alto.

 

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Solução sensível ao ar – Veja como fazer

frasco contendo solução esverdeada
O vídeo abaixo, do canal NurdRage, mostra como fazer uma solução que muda de cor quando entra em contato com o ar (oxigênio).

Os reagentes utilizados foram:
– 200mg de cloreto de cobre
– 10mL de ácido clorídrico (>20%)
– 2g de cobre metálico

Os detalhes do procedimento podem ser vistos no vídeo abaixo.

Ao final, a solução incolor de cloreto de cobre (I) torna-se verde quando o oxigênio do ar difunde resultando na formação de cloreto de cobre (II) em solução.

Vídeo com legenda em português. Veja como ativar a exibição.

Observe que a concentração do ácido clorídrico deve ser maior do que 20%. Tenha cuidado, o ácido clorídrico é perigoso e o experimento somente deve ser feito com uso de equipamentos de proteção e por alguém que tenha conhecimentos técnicos em química.

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Síntese do cloreto ferroso anidro

reação esverdeada durante o procedimento
NurdRage mostra no vídeo abaixo um procedimento para se fazer cloreto ferroso anidro, também conhecido como cloreto de ferro (II); ressaltando que o método não é para fazer cloreto de ferro (III), ou cloreto férrico.

Os reagentes utilizados foram:
– 57 gramas de ferro
– 300mL de metanol
– 200mL de ácido clorídrico (a 30%)

Os detalhes do procedimento podem ser vistos no vídeo abaixo.

O vídeo possui legendas em português. A visualização deve ser ativada.


Alerta: O procedimento somente deve ser realizado por profissionais capacitados e com uso de equipamentos de segurança. O metanol é tóxico e pode causar cegueira se ingerido. Durante a reação ocorre a produção de gás hidrogênio, que é explosivo.

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Extração da cafeína de café

balão com cafeína
Já publicamos um texto/vídeo sobre a extração da cafeína de pílulas; agora é hora de extrair a cafeína diretamente do café.

molécula de cafeína

Dr Rob Stockman e Martyn Poliakoff, do canal Periodic Videos, mostram as propriedades, efeitos e como é feita a extração da cafeína em um laboratório.

Martyn lembra que a sala do café é um local importante na pesquisa científica, é lá que as discussões e ideias surgem.

Vídeo com legenda em português. Ative a legenda pelo vídeo do YouTube.

AVISO: Nunca faça uso da cafeína pura, a dosagem alta pode causar graves efeitos colaterais e até mesmo a morte.

Texto e legenda escritos por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ).

Síntese do peróxido de lítio (Li2O2)

pó amarelado em filtro
No vídeo abaixo – do canal NileRed – é mostrado um procedimento de como produzir peróxido de lítio (Li2O2).

A reatividade do Li2O2 com o gás carbônico faz como que o composto seja interessante para a remoção deste composto em certos ambientes. Com o benefício da liberação de oxigênio durante a reação!

2Li2O2 + 2CO2 → 2Li2CO3 + O2

A síntese foi feita utilizando os seguintes reagentes:
– 125mL de água oxigenada a 35% (H2O2)
– 50 gramas de LiOH

Os detalhes do procedimento podem ser vistos no vídeo.

O rendimento obtido foi de 25 gramas (52%); bastante abaixo dos 83% prometidos pelo procedimento original seguido pelo NileRed. No entanto um teste realizado com o produto deu positivo para a presença de peróxidos.

Vídeo com legenda em português. Veja como ativar a exibição.

Texto e legenda escritos por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ).

A verdadeira Serpente do Faraó

reação de decomposição
Um experimento muito interessante e fascinante é conhecido como ‘Serpente do Faraó’. Pela internet existem diversas demonstrações e algumas versões. Infelizmente o verdadeiro experimento da famosa ‘Serpente do faraó’ envolve materiais extremamente tóxicos com resíduos também muito tóxicos. A solução é apreciar a beleza em vídeos no Youtube! 😉

O canal NileRed mostra os procedimentos experimentais, e para isto ele utilizou:
– 4 gramas de tiocianato de potássio (KSCN)
– 0,3 mL de mercúrio (Hg)
– 15 mL de ácido nítrico concentrado (pelo menos 65%)

A demonstração da serpente é uma decomposição do tiocianato de mercúrio (II) [(Hg(SCN)2)] e envolve as seguintes reações:
2Hg(SCN)2 → 2HgS + CS2 + C3N4

O CS2 vai sofrer combustão
CS2 + 3O2 → CO2 + 2SO2

Parte do C3N4 que é a estrutura da ‘serpente’ irá se decompor
2C3N4 → 3(CN)2 + N2

E o HgS também pode reagir com o oxigênio
HgS + O2 → Hg + SO2

O vídeo tem legendas em português. Se não conseguir visualizar a legenda, clique aqui e veja como ativar.

Para os fascinados na beleza da reação o NileRed fez uma versão com um vídeo em qualidade 4k (alta definição).

a caveira avisou!

Jamais realize este experimento sem equipamento de proteção adequados – descuidos podem resultar em morte. Os resíduos devem ser descartados em local apropriado e com tratamento técnico específico. Não coloque no lixo comum. A dificuldade de se obter o ácido nítrico concentrado felizmente torna complicado para aventureiros descuidados tentarem repetir este experimento.

Uma forma um pouco mais segura de se fazer um experimento com um resultado semelhante foi ensinado pelo Iberê Thenório no Manual do Mundo.

Texto e legendas (do primeiro vídeo) escritos pro Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ).