Tag: experimentos

Neve falsa

Professor segurando uma corrente metálica
O polímero poliacrilato de sódio absorve água muito facilmente e o Professor Martyn Poliakoff utiliza um pouco desse material em pó para brincar de fazer algo que ele chamou de ‘neve falsa’.

No vídeo abaixo é visível que a absorção da água ocorre de forma muito rápida e com uma liberação de um pouco de calor, segundo o Professor Martyn. Seguida da explicação do motivo pelo qual o polímero consegue absorver tanta água tão rapidamente.
Com legendas em português. Ative as legendas usando o botão CC que aparece no vídeo.


Já fiz alguns testes com essas fraldas super absorventes. Não fiz de uma forma controlada e precisa (peço desculpas ao pessoal da química analítica 😉 ), mas posso dizer que uma dessas fraldas pequenas consegue absorver em torno de 900 ml de água. Claro que não seria nada confortável ter em contato com a pele uma fralda assim encharcada. Se você abrir uma fralda não encontrará o polímero poliacrilato de sódio puro, mas uma mistura dele com algodão.

No link abaixo veja um artigo que dá uma dica de um experimento com esse tipo de material
Polímeros superabsorventes e as fraldas descartáveis: Um material alternativo para o ensino de polímeros

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle.

Hidróxido de sódio absorvendo água (vídeo em timelapse)

grãos de soda cáustica sobre vidro em fundo escuro
O NaOH (hidróxido de sódio, ou soda cáustica) tem uma grande facilidade em absorver água (efeito higroscópico). Mesmo só com a presença de umidade do ar já é possível ver uma lenta absorção de água pelo material sólido quando deixado livre no ambiente.
No vídeo abaixo é possível observar esse lento e contínuo efeito. Os grãos de NaOH foram deixados sobre uma superfície de vidro (placa de petri) por 1 hora e 15 minutos. As mudanças foram registradas em uma sequência de 800 fotografias reunidas então em um vídeo de 30 segundos (efeito timelapse).
Deixo aqui uma opinião pessoal! Observando o resultado ao longo do tempo é possível perceber que os grãos de NaOH que estavam mais isolados conseguiram absorver água um pouco mais rapidamente dos que os agregados de grãos. Suspeito que isso se ocorra pela disponibilidade de umidade em volta do grão. E grãos mais isolados tem mais umidade do ar disponível por perto para absorver, não precisando ‘competir’ pela umidade como no caso dos agregados de grãos. Aceito críticas e sugestões nos comentários. 🙂


Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle.

Palha de aço em vinagre – timelapse

reação de vinagre e ferro
A reação entre o ferro da palha de aço e o vinagre é relativamente lenta, então resolvemos comprimir 1 hora e 40 minutos de reação em um vídeo com 30 segundos de duração (usando a técnica de timelapse).
Veja o resultado…

As bolhas que aparece durante a reação são de hidrogênio, que é produzido lentamente e em pequena quantidade.
O vinagre comum possui uma baixa concentração de ácido acético (de 3 a 9%) e a reação com o ferro pode resultar em no aparecimento de um pouco de acetato de ferro(II e III) em solução.
A cor avermelhada da parte superior aparece por causa do maior contato da palha de aço com o ar (oxigênio) resultando em óxidos de ferro.

Lança-chamas químico

chama azul em líquido queimando
O professor Stephen Liddle realiza um impressionante experimento utilizando dietil zinco; mostrando que o zinco está longe de ser um elemento chato.

estrutura do composto
Dietil zinco

Em um vídeo anterior a queima do dietil zinco resultou em uma chama com cor amarela, mas que na verdade deveria ser azul. Para minimizar a contaminação, o novo experimento foi feito com uso de uma seringa de plástico e filmado em câmera super lenta.

Simon Woodward, da Universidade de Nottingham, fala também sobre a descoberta do dietil zinco pelo pesquisador Edward Frankland e sobre o possível exagero na descrição da violência da reação do composto com a água.

Vídeo com legendas em português. Ative as legendas pelo vídeo no Youtube.

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Por que o gelo racha na água?

gelo rachado apos imerso em nitrogenio
Brady Haran, o vídeo-jornalista da série Periodic Videos, ficou curioso em saber o motivo do gelo algumas vezes rachar quando entra em contato com água.
Nada melhor do que perguntar ao Professor Martyn Poliakoff, químico na Universidade de Nottingham.
E a solução para o enigma é relativamente simples. Quando o gelo estiver bastante frio e for colocado em um líquido, acontecerá uma expansão mais rápida do gelo que está em contato com a água, enquanto o interior do gelo ainda permanece contraído. Essa diferença de movimentos dentro do gelo acaba resultando em rachaduras.
Mas e se você jogar o gelo em nitrogênio líquido? Que é um líquido muito mais frio do que o gelo, o que acontece?
Desta vez ocorre um efeito contrário; com contração rápida da parte externa do gelo, gerando tensões internas e rachaduras.

O vídeo possui legendas em português. Ative as legendas no vídeo clicando na pequena ‘engrenagem’ que aparece quando você inicia o vídeo abaixo!

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Reação do cão que late

chama percorrendo tubo de vidro
Uma reação entre dois gases, o dissulfeto de carbono (CS2) e o óxido nitroso (N2O), quando realizada em um longo tubo, produz um forte brilho e um som que lembra muito um latido de um cachorro.
A equipe do Periodic Videos fez, talvez, a primeira filmagem desta reação com uma câmera super rápida, sendo possível observar com detalhes o que ocorre durante o percorrer da reação pelo tubo.
Para espanto dos químicos, é possível ver que a reação tem uma espécie de oscilação pelo tubo, que ocorre cada vez mais rápido à medida que vai ao fundo. O Professor Martyn e seus colegas deduzem que isso ocorre pela presença da onda de choque causada pela rapidez com que a reação ocorre, percorrendo então o recipiente em um movimento parecido com o que uma bola de borracha picando.

A demonstração guarda alguns perigos, e só deve ser realizada por pessoal especializado e com uso de equipamentos de proteção adequados. Um alerta disso é a descrição presente no artigo “Taming the Barking Dog”, da revista Journal of Chemical Education de maio de 2006, que relata um acidente ocorrido durante uma dessas demonstrações:

O acidente [resultante da reação ‘Cão que late’] teria sido fatal para Liebig se a sua caixa de rapé não tivesse impedido uma grande lasca de vidro de penetrar sua artéria femoral.

Liebig, citado no trecho acima, é Justus von Liebig, um famoso químico alemão que viveu entre 1803 e 1873.

Vídeo com legendas em português. Ative pelo YouTube.

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.