Química da origem da vida
A química tem muito a contribuir para a elucidação de processos de surgimento da vida.
Um dos aspectos importantes nesta jornada é o entendimento de mecanismos de replicação de moléculas. Um processo evolutivo tem, simplificadamente, um ´algoritmo´ que se baseia em hereditariedade – variação – seleção. No campo da hereditariedade entra a replicação e, obviamente, as reações químicas envolvidas nos processos de replicação (cópia) da sequência que representa essa hereditariedade.
Entretando, avançando na complexidade, já existem estudos que, com sucesso, conseguem entender a dinâmica do funcionamento da membrana de uma protocélula. Em um artigo publicado em setembro na Proceedings of the National Academy of Sciences, os pesquisadores Sheref S. Mansy e
Jack W. Szostak demonstraram a termoestabilidade de um modelo de uma membrana de protocélula.
Muitos pesquisadores na área de protocélulas concordam que o sistema deve conter no mínimo três componentes: um recipiente, um modo de coletar energia e um transportador de informação como o RNA ou outro ácido nucléico. E é na estrutura do recipiente que o trabalho de Szostak encontra seu principal avanço.
Pelo vídeo é possível perceber a agregação de ácidos graxos para a formação de uma estrutura com crescente complexidade.
Thermostability of model protocell membranes
Sheref S. Mansy e Jack W. Szostak
https://dx.doi.org/10.1073/pnas.0805086105
Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.