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Aquele brilho

radiação e brilho azul
Popular em filmes, o brilho característico um reator nuclear, ou em materiais radioativos, possui uma explicação.
Parte deste belo e hipnótico brilho pode ser explicado pelo Efeito Tcherenkov, que manifesta-se quando uma partícula carregada eletricamente passa por um meio isolante em uma velocidade superior à da luz para este meio, emitindo uma radiação eletromagnética que pode estar na faixa do visível.
É bom lembrar, que a velocidade da luz no vácuo é a máxima, e que em meios diferentes do vácuo a velocidade da luz pode ser menor. Desta forma existe a possibilidade de que uma partícula carregada eletricamente possa deslocar-se em uma velocidade superior à da luz para aquele meio.
Mais informações na Wikipedia, https://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_Tcherenkov.

A imagem acima foi registrada no Argonne National Laboratory, centro de pesquisas científicas do Departamento de Energia dos EUA, como parte de investigações no aperfeiçoamento de processos em reaproveitamento do material utilizado em um reator nuclear.

Em um reator nuclear o urânio perde eficiência ao longo do tempo em que é utilizado na usina, e precisa ser reposto por material novo, resultando em um indesejado resíduo radioativo. E é neste ponto de aprimoramento da recuperação e reutilização destes resíduos que trabalha a equipe de pesquisadores do Argonne National Laboratory

O canal do Argonne no YouTube deixa disponível um vídeo (em inglês) sobre as pesquisas que realizam nesta área.

Aos 3m35s do vídeo acima, eles comentam que o processo de manipulação do material radioativo é feito com proteção de um vidro que contém chumbo, que também é descrito em um vídeo sobre o chumbo (realizado pelo Periodic Videos).

Imagem sob licença Creative Commons, via Argonne National Laboratory(Flickr).

Biscoitos com carvão

Mais uma curiosidade do que algo realmente útil (ou quase), o biscoito com carvão.
O biscoito com carvão em sua receita, foi inventado no Inglaterra, no início do Século 19 (receita antiga!). A principal aplicação descrita pelo médicos é para problemas gástricos, incluindo a flatulência (tanto para animais como para pessoas), aqui no Brasil esta especialidade parece não ser muito famosa. A receita, para ser considerada típica, deve conter um carvão adequado, tal como o carvão ativado (quase carbono puro). Não indicamos tentar esta receita em sua cozinha com qualquer tipo de carvão, pois estes podem conter resíduos de substâncias nocivas. Mas podemos adiantar que a receita não é muito complicada, levando os tradicionais ingredientes; farinha manteiga, açúcar, ovos, e… carvão (específico).

Mais informações
https://en.wikipedia.org/wiki/Charcoal_biscuit

O biscoito desta imagem é para cachorros.

Texto escrito com contribuição de Dison Franco.

OBS: Este texto foi inspirado em uma história presente no livro Tio Tungstênio – memórias de uma infância química, de Oliver Sacks.

Dentro de um motor


Em um motor de 4 tempos podemos resumir o processo em uma admissão de combustível, seguida por uma compressão, uma combustão e finalizada por uma exaustão.
No vídeo abaixo é possível ver quase todo este ciclo, inclusive com o detalhe da faísca que inicia a combustão. Pena que a parte da exaustão foi cortada do vídeo.

A animação abaixo esquematiza todo o ciclo.

Mais informações podem ser obtidas em
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_Otto
inclusive com uma representação do modelo ideal do ciclo e explicações sobre os motores de múltiplas válvulas.

Copernício – um novo elemento

Martyn Poliakoff
Devo desculpas pelo silêncio sobre a síntese de um novo elemento na tabela periódica, provisoriamente batizado de Copernício (Copernicium), em homenagem a Nicolau Copérnico.

O elemento, inicialmente pré-batizado de unúnbio (Ununbium), foi criado artificialmente em 9 de fevereiro de 1996 por uma equipe alemã chefiada por Peter Armbruster e Sigurd Hofmann. Esta síntese foi obtida pela união de átomo de zinco-70 com um átomo de chumbo-208, obtida pela aceleração de núcleos de zinco sobre um alvo de chumbo. Entrando assim na tabela com um número atômico de 112.

Mesmo tendo ocorrida em 1996, a síntese precisou passar por um processo de reconhecimento do resultado obtido e só obteve o selo de aprovação da IUPAC em 11 de junho de 2009.

Não podemos nos apressar em mudar todas as tabelas periódicas para o novo nome do elemento, pois a confirmação do batismo só será divulgada em janeiro de 2010. Como você pode perceber, tudo é feito da maneira mais critriosa possível, para evitar desentendimentos e erros de avaliação.



(em breve vídeos com legendas em português)
Gostei da camiseta com uma tabela periódica que brilha no escuro!

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

InChI – procurando por informações

inchi etanol wiki
InChI é um identificador textual para substâncias químicas, criado pela IUPAC para facilitar a criação de banco de dados sobre química e troca de informações sobre moléculas.
Mas o que seria um ´identificador textual´? A idéia do InChI é que com o auxílio de um software se consiga transformar a estrutura da molécula em um código único, composto de letras e números em uma única linha contínua, que consiga guardar todas as informações sobre a estrutura e particularidades do composto.
A Wikipedia nos ajuda com informações fundamentais sobre o InChI.
https://en.wikipedia.org/wiki/International_Chemical_Identifier

Já existem números e códigos que identificam uma molécula, como por exemplo o número CAS ( Chemical Abstracts Service ) e o SMILES, mas estes dois apresentam barreiras técnicas, falta de padronização e controle de direitos autorais.

Por exemplo, com o InChI do ácido ascórbico:
InChI=1/C6H8O6/c7-1-2(8)5-3(9)4(10)6(11)12-5/h2,5,7-10H,1H2/t2-,5+/m0/s1
Você pode fazer procuras no Google (inclusive no Google Imagens(!), no ChemSpider ( http://www.chemspider.com/ ) ou qualquer outro banco de dados que aceita este padrão.

Um dos divulgadores fez uma palestra técnica no Google para tentar convencer a empresa a desenvolver um método de interpretação direta do InChI.
Não sei em que ponto estão as negociações entre a IUPAC e o Google.

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

O Knol e a química


O Knol é uma nova plataforma criada pelo Google para ser uma ´enciclopédia na internet´.
Este objetivo já é suprido pela Wikipedia. Porque o Google iria criar uma ferramenta semelhante?
O Knol tem uma filosofia diferente da Wikipedia, com a possibilidade do autor ter um controle maior sobre o que escreve no site, com a possibilidade de futuras edições e acompanhamento da avaliação e sugestão dos leitores.
Para aqueles autores que não gostam de ter o seu texto alterado constantemente, como ocorre na Wikipedia, o Knol é uma excelente alternativa.

Por ser um portal novo, ainda não existe uma variedade de informações em todas as áreas da ciência.

Alguns destaques na área de química
Terras raras
[link removido]

Proteção catódica
[link removido]
OBS: O Knol foi desativado pelo google.

Até o momento são poucos os textos em português (com qualidade).